Oficina apresenta último quadrimestre sob desígnio da memória

Fiel ao seu desígnio, a cooperativa cultural de Guimarães Oficina apresentou esta terça-feira a programação do quadrimestre Setembro-Dezembro. Entre concertos, peças de teatro, exposições, conferências, cinema ou visitas guiadas são inúmeras as actividades que vão ocupar o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória e a Loja Oficina nos próximos quatro meses.


O destaque do programa está na revisitação do espectáculo inaugural do Teatro Oficina. A Grande Serpente, com encenação de Moncho Rodriguez, é o nome da peça de teatro que estreou há 25 anos e que o agora director artístico da Oficina João Pedro Vaz vai recuperar, através de entrevistas aos protagonistas da peça, desde encenador a actores.

“É um espectáculo que vai ser revisitado por alguém que não viu o espectáculo nem faz a mínima ideia do que era mas que já entrevistou 11 participantes e o Moncho Rodriguez. Tenho as vozes e as canções deles, além de textos, e isso é o mais bonito no teatro: parece que o espectáculo acaba num determinado momento mas pelo vistos não e este, passados 25 anos, ainda é visto com muita emoção por quem o fez”, assinalou esta tarde João Pedro Vaz sobre o espectáculo documental que vai ser apresentado nos dias 13 e 14 de Dezembro no CCVF.

Além de recuperar a génese do Teatro Oficina, a cooperativa vai apresentar, nos próximos quatro meses, dezenas de actividades. A primeira começa já esta sexta-feira com o festival Manta e que traz até aos jardins do CCVF os artistas Mono, Bruno Pernadas, Serushio e Holly Miranda. Rui Torrinha, programador do CCVF, assinalou o evento como o marco da rentrée cultural vimaranense e explicou que a organização quis trazer “artistas que, por uma ou outra razão, não têm tanto destaque, mas que têm um caminho por construir”.

O responsável destacou também a vinda, no dia 12 de Outubro, do coreógrafo grego Christos Papadopoulous que, nas suas palavras, “é a última estrela cintilante a afirmar-se no panorama internacional” da dança. O coreógrafo vai apresentar OPUS, uma peça “assente numa interpretação da música clássica de Bach por quatro bailarinos”. O espectáculo é o primeiro apresentado no CCVF no âmbito da rede de dança Aerowaves, que inclui 42 parceiros europeus.

O responsável do CCVF frisou ainda o espectáculo de circo contemporâneo Vão, da companhia Erva Daninha, que tem lugar no dia 2 de novembro, e ainda o segundo ciclo da Musicadoria, que junta três propostas das associações culturais locais Revolve, Capivara Azul e Banhos Velhos. No café-concerto do CCVF, acontecem os concertos de Dälek (4 de outubro), Black Bombaim & João Pais Filipe (22 de novembro) e Michael Turtle (14 de dezembro).

A Casa da Memória, sempre próxima da educação e criação cultural, aponta para dois espectáculos: Autocarro para Sonhos (CIAJG, 12 a 31 de Outubro), espectáculo de Eduardo Brito com encenação de Marta Freitas e que foi construído a partir de um trabalho feito em sala de aula, com crianças de Guimarães e Porto, e ainda A Menina do Mar (CCVF, 21 a 23 de Novembro), que celebra o centenário da escritora Sophia de Mello Breyner.

Guimarães Jazz regressa em Novembro

O Guimarães Jazz é outro dos pontos altos da programação quadrimestral da Oficina. À 28ª edição, o festival de jazz aponta agulhas para o saxofone e a bateria. 

Os saxofonistas Charles Loyd e Joe Lovano e os bateristas Eric Harland, Han Bennink e Antonio Sánchez são os principais destaques, num programa que integra ainda a colaboração com a local Orquestra de Guimarães e com alunos do ESMAE, como tem sido apanágio em edições anteriores.

Alguns dos bilhetes para os espectáculos da Oficina nos próximos quatro meses já se encontram à venda e podem ser adquiridos aqui.

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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