João Cutileiro é o protagonista da nova mostra no CIAJG

“Constelação Cutileiro” assinala o 3º ciclo expositivo do presente ano no Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG).  A exposição mapeia a ampla influência que o escultor João Cutileiro teve na arte portuguesa entre os anos 60 e 90 do século passado.

A exposição compõe-se com obras de Cutileiro mas também de Júlio Pomar, António Charrua ou José Pedro Croft e revelam a influência e as relações do escultor com vários artistas.

“Constelação Cutileiro” é da curadoria de Nuno Faria, director-artístico do CIAJG, e de Filipa Oliveira. Aos microfones da RUM, Nuno Faria diz que a exposição revela o “trabalho menos conhecido de João Cutileiro.”

“Quisemos que esta exposição trouxesse um trabalho dos anos iniciais de João Cutileiro.  Que nos desse, também, uma ideia bastante clara da constelação de afeições e cumplicidades de um artista magnético e muito próximo de artistas que nem sequer têm a mesma forma e orientação estética do João”, assinala Nuno Faria.

A influência do trabalho de João Cutileiro em vários artistas nacionais é um dos motivos para a obra do escultor ser objecto de exposição no CIAJG. Filipa Oliveira enaltece que o escultor “foi um catalizador” de várias gerações: “ele [João Cutileiro] e o Álvaro Lapa eram muito cúmplices, numa fase em que ambos estavam em Lagos. Depois o João volta para Évora e cataliza uma nova geração de escultores. Ele conseguiu que se questionasse o que era a escultura em Portugal”, acrescenta.

“Constelação Cutileiro” insere-se no 3º ciclo expositivo de 2018 do CIAJG. Nuno Faria diz que esta exposição vai ao encontro daquilo que tem sido realizado no Centro: mostrar o trabalho que se julga “esquecido” de artistas reconhecidos do público e dos especialistas.


APRESENTAR A ARTE EM POLOS PERIFÉRICOS AGRADA NUNO FARIA E FILIPA OLIVEIRA

João Cutileiro viveu grande parte da sua vida em Évora e Lagos, longe dos grandes centros artísticos. Agora, a sua obra é exibida em Guimarães. Nuno Faria e Filipa Oliveira revêem-se no modo de apresentar a arte em pontos artísticos periféricos.

O director-artístico do CIAJG considera que “é muito interessante verificar que na história da arte em Portugal há artistas que realizaram  o seu trabalho fora dos grandes pólos e que tentaram criar os seus próprios centros de conhecimento em locais periféricos”. Filipa Oliveira fundamenta que é “relevante pensar nos artistas que não estão no meio”, em Lisboa e Porto, e que noutros pólos “mostra-se o trabalho de outros artistas com outra intensidade”.

“Constelação Cutileiro” é uma exposição sobre a obra do escultor João Cutileiro e tem curadoria de Nuno Faria e Filipa Oliveira. A inauguração está marcada para sábado, às 18h. Os bilhetes custam 4 euros, metade para quem tem cartão quadrilátero.

Áudio:

Os curadores Nuno Faria e Filipa Oliveira discutem a influência do escultor João Cutileiro na arte portuguesa

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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