José Manuel Mendes “sinto que não mereço”

Humildade é a palavra que melhor descreve o artista, professor e escritor José Manuel Mendes. Esta sexta-feira passaram pela Reitoria da UMinho inúmeras personalidades que quiseram homenagear um homem a quem pouco ou nada falta fazer na vida. Aos jornalistas José Manuel Mendes frisou que esta foi uma noite de “reflexão e contentamento”.

“Não é algo circunstancial é um sentimento profundo. Aquilo que fiz na vida, sobretudo aquilo que não fiz e o que falhei. O facto do meu percurso ter sido tão idêntico, se não mesmo inferior ao de outros que estão ao meu lado levam-me a um reconhecimento profundo de que talvez não mereça (esta homenagem)”, reflecte.

José Manuel Mendes passou pela RUM – Rádio Universitária do Minho, uma experiência “rica e pela qual está grato”. Contudo é na pele de docente que se sente completo. Para o futuro ambiciona “escrever mais alguns livros” que já estão idealizados. Continuar a estudar porque “vou estudar até ao meu último dia e vou continuar a projectar os valores da academia e democracia”.

José Manuel Mendes é presidente da Associação Portuguesa de Escritores desde 1992, membro da direcção da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva desde 2004 e membro do Conselho de Curadores e do Conselho Cultural da UMinho, instituição onde leccionou durante duas décadas. Foi também o autor do “Hino da Universidade” que fechou a noite pela voz do Coro Académico. Uma obra que ainda hoje provoca um “arrepio forte”, mas que já “não lhe pertence, pertence sim a toda a comunidade académica”.

A sessão contou a declamação de um poema inédito de Manuel Alegre. Na cerimónia estiveram também Lídia Jorge, Álvaro Laborinho Lúcio, António Durães, Luís Represas entre outros ilustres.

“Temos uma grande dívida para com José Manuel Mendes”, vice-reitora para a Cultura e Sociedade.

Uma personalidade multifacetada que “deu um grande contributo à Universidade do Minho em várias áreas”, começa por referir a vice-reitora para a cultura e sociedade, Manuela Martins, que acaba por frisar o papel diferenciador como docente. 

“Foi capaz de sensibilizar as novas gerações para a ética e, por exemplo,para a comunicação”. Um contributo considerado “inestimável, sendo que não existe muita gente no cenário nacional tão acessível e capaz de transmitir mensagens positivas sobre estas temáticas”.

Manuela Martins é também presidente do Conselho Directivo da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, papel onde interage com maior frequência com José Manuel Mendes. Em suma é um “óptimo conselheiro”.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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