Jotas de Braga reclamam contra atraso a pedidos de bolsa

A JSD e a JP de Braga acusam o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, de não revelar capacidades para resolver problemas prementes dos estudantes universitários.
A denúncia pública surge poucos dias depois de se saber que 17 mil estudantes ainda aguardam por uma resposta ao pedido de bolsa de estudo, sendo que no caso da Universidade do Minho se tratam de 1200 alunos na referida situação.
Algumas das estrutura de jovens militantes fizeram chegar o seu descontatemento via comunicado, foi o caso da JSD, JP e JCP.
João Alcaide, presidente da JSD de Braga classifica a situação como “injusta e imoral” quando há poucos dias Manuel Heitor afirmou que num prazo de dez anos é um propósito acabar com as propinas. “À data de hoje [Manuel Heitor] não é capaz de oferecer resposta a pedidos de bolsa de estudo de milhares de estudante”, bolsas que “têm como grande propósito assegurar uma frequência do ensino superior em condições justas e de igualdade para todos”, atirou.
O jovem social democrata acusa, por isso, Manuel Heitor, de “incapacidade”. “Estamos a falar de um número bastante expressivo de alunos e famílias que por força da incapacidade de Manuel Heitor continuam a ter de fazer contas muito apertadas à vida”, recorda. João Alcaide diz que “é inconcebível que a poucos dias do final do primeiro semestre esta situação se arraste”, exigindo à tutela que “dê resposta imediata” a estes estudantes universitários.
“Governo está preocupado com questões eleitoralistas”, acusa JP
O presidente da Juventude Popular de Braga lembra que se trata de um número “considerável” de alunos à espera de uma resposta. Francisco Mota diz que o Partido Socialista está “completamente preocupado com as questões eleitoralistas e populistas” quando “devia dar uma resposta efectiva às preocupações dos estudantes e das suas famílias”. O representante da JP de Braga diz que o governo “está muito preocupado em discutir matérias que acha que pode dar votos” e “deixando de parte matérias como o reforço da acção social para quem mais necessita e para quem mais tem dificuldades”.
Francisco Mota pergunta ainda pelo paradeiro dos “arautos da solidariedade, nomeadamente o BE e o PCP que muitas das vezes se revoltam com a postura da direita”. “Não compreendemos como é que este atraso, com toda a natureza, nada dizem e nada falam sobre esta matéria”, atira.
“Não é um problema de agora nem desta legislatura”, avisa JCP
A JCP de Braga também reagiu ao atraso anunciado há uma semana. Ricardo Brites lembra que “não é um problema que vem de agora”, mas sim um problema que se alonga “há vários anos”. “Sucede do desinvestimento que tem havido na acção social escolar”, realça o representante da juventude comunista de Braga.
Ricardo Brites volta a reivindicar “um investimento concreto na acção social escolar, directa e indirectamente”, referindo como exemplo, o défice de residências universitárias. O jovem alertou ainda para novos problemas informáticos registados este ano no processo de atribuição de bolsas de estudo.
Áudio:
João Alcaide (JSD), Francisco Mota (JP) e Ricardo Brites (JCP)
