JP quer estudo para a mobilidade em Braga

A Juventude Popular (JP) propõe que o Governo, na próxima legislatura, elabore um estudo para encontrar soluções para a mobilidade em Braga. A juventude política afeta ao CDS-PP reuniu esta manhã com a administração dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) e, depois de conhecer por dentro a realidade da empresa, entende que o Estado necessita de intervir na mobilidade bracarense.
“Braga precisa de um novo olhar na mobilidade e nem a Câmara Municipal nem os TUB, sozinhos, irão consegui-lo”, começou por dizer Francisco Mota, líder da JP. O responsável, entre elogios à gestão da empresa de transportes bracarense – ao enaltecer os resultados positivos verificados desde 2013 -, exige que o Estado, tal como fez no Porto e em Lisboa, “estude novas formas de mobilidade”.
“O carro já não é solução e, para se tomarem decisões que envolvam investimentos sérios, que tenham retorno na qualidade de vida das pessoas, são precisos estudos de viabilidade de impacto social, económico e financeiro que possam salvaguardar as entidades públicas”, reforçou.
O presidente da JP comparou os resultados positivos dos TUB aos negativos da Carris, transportadora de Lisboa, e da STCP, do Porto, e falou em “tratamento distintivo”. “A Carris e a STCP são injectadas pelo POSEUR, tal como acontece com os TUB, mas depois, na compensação de valores face a este programa, o Governo volta a comparticipar para que estes não se endividem. Já os TUB fizeram um investimento recente de 3 milhões de euros e apenas 1,5 foi financiado, o resto foi a própria empresa que se endividou”, exaltou.
Referindo “dois pesos e duas medidas para o mesmo sector e dois pesos e duas medidas para pessoas de Lisboa/Porto e de Braga”, Francisco Mota reivindicou “uma democratização no acesso aos transportes públicos”, lembrando o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos transportes públicos (PART). “O PART foi um bom exemplo, porque é melhor alguma coisa que coisa nenhuma, mas foi um mau exemplo porque voltamos a ver os bracarenses a carregarem a cruz do centralismo, face ao polo Lisboa/Porto”.
O centrista assinalou que, nos últimos anos, Braga tem registado um aumento de habitantes, “mais de 200 mil” na sua opinião, e que, por isso, “os TUB precisam de investir numa nova frota”. “Os TUB renovam frota, não investem”, completou.
