JS denuncia alegado início de construção nas Sete Fontes

A Juventude Socialista (JS) de Braga está a alertar para um alegado início de construção na zona das Sete Fontes. Num terreno privado inserido na área classificada como Monumento Nacional, de acordo com a JS, poderá estar a assistir-se ao início de um plano de construção por parte do seu proprietário.
Sendo a zona classificada como Monumento Nacional, tem um estatuto de ZEP (Zona Especial de Proteção), com o objectivo de proteger a obra natural e arqueológica do sistema de abastecimento de águas da cidade de Braga no século XVIII e da sua área circundante.
Bruno Gonçalves, líder da JS de Braga, explicou à RUM que, no local, encontraram “alguns trabalhos a serem desenvolvidos, não só trabalhos de vedação”. Para o socialista, “dá a entender que há algum plano no sentido de alguma construção que se possa ali desenvolver”, referiu.
Para além disto, de acordo com a JS, pode constatar-se a presença de várias estacas de betão no terreno delimitado, bem como de tubos (manilhas utilizadas na construção civil para transporte de esgotos sanitários e industriais) no “interior” deste terreno.
De acordo com a JS, não houve qualquer proposta de construção a chegar à Direcção Regional do Património. Além disso, a obra iria contra o Plano Director Municipal (PDM) de Maio de 2015. “Existiram no passado algumas recomendações para vedação de alguns terrenos a privados, não apenas que ver com esta situação, mas com outras. Neste caso em concreto, é necessário uma autorização da Direcção Regional do Património e não houve qualquer proposta nesse sentido. Ainda que houvesse, iria completamente contra aquilo que está definido no PDM”, sublinhou.
A JS quer esclarecimentos por parte da Câmara Municipal de Braga, no sentido de perceber se está ao corrente da situação e que tipo de providências estará disposta a tomar no sentido de inviabilizar o prosseguimento desta “obra”.
A JS defende que, sobre as Sete Fontes, a Câmara Municipal de Braga deve promover os projectos previstos do Parque Eco Monumental, Espaços Públicos e Espaços Verdes.
De acordo com as informações prestadas no final da reunião de de 19 de Junho de 2017, para Ricardo Rio, a vedação dos terrenos, por parte dos proprietários, “é válida”. O autarca explicou que, ainda assim, alguns caminhos públicos “terão de ser sempre salvaguardados”. “Devemos o menos possível entrar numa lógica de conflito”, acrescentou o presidente do município bracarense.
Áudio:
Bruno Gonçalves, da JS, explicou à RUM cenário encontrado
