Júlio Mendes pede “paz social sem sombras nem obstáculos internos”

Júlio Mendes abandonou o cargo de presidente do Vitória Sport Clube com o sentimento de “dever cumprido”. Na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais, que decorreu esta segunda-feira no São Mamede, Centro de Artes e Espetáculos, o dirigente felicitou o seu sucessor, pedindo “tempo e espaço” para que a renovada direcção do clube possa trabalhar.
Durante sete anos, Júlio Mendes assumiu o cargo de maior importância no emblema vimaranense. “Terminamos esta caminhada com a certeza de que tudo fizemos para honrar este compromisso”, referiu. O antigo líder do Vítoria SC enalteceu que actualmente “a estrutura é mais profissional e mais capaz” e que o clube “tem condições para percorrer o tão ambicionado” caminho de crescimento e de sucesso.
Uma das razões que levou Júlio Mendes a pedir a demissão, no dia 27 de Maio, foi o “clima de instabilidade” vivido no clube. O dirigente não deixou passar esse tema em claro, dizendo que “a história fará justiça” ao trabalho de todos que fizeram parte do Vitória SC ao longo destes anos.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, alertando para os problemas vividos recentemente no clube, pediu paciência aos adeptos para a direcção que agora encetou funções. “Existe uma nova liderança. É preciso tempo, espaço e respeito”, afirmou. Dirigindo-se a Miguel Pinto Lisboa, acrescentou que é necessário “paz social” para que o trabalho seja desenvolvido “sem sombras nem obstáculos internos”.
Quem também abandonou os órgãos sociais do clube foi Isidro Lobo, que cessou funções como presidente da assembleia-geral. Na hora de despedida recordou o estado em que encontrou o futebol profissional do Vitória SC quandou chegou ao cargo.
“Há sete anos, os presidentes dos órgãos sociais e os membros da direcção logo que tomaram posse tiveram que abalizar a inscrição na Liga. De outro modo, estariam impedidas de jogar face à situação de incumprimento financeiro existente”, referiu.
TBG
