Laboratórios no Castelo reflectem “compromisso” com a inovação

O Edifício do Castelo em Braga acolhe, a partir de hoje e oficialmente, laboratórios de inovação cultural e urbana e de empreendedorismo social. O histórico edifício localizado centro da cidade vai ser ocupado por empresas, agentes culturais e profissionais do município especialistas nas três áreas, num espaço que pretende utilizar a inovação como ponto de partida para o contacto entre Braga e o mundo.


Esta manhã, o município inaugurou os laboratórios de inovação com pompa e circunstância, num momento que mereceu a presença de todos os vereadores da autarquia e, claro, do presidente da Câmara. Foi Ricardo Rio o porta-voz que esclareceu, de modo geral, as valências do novo espaço em Braga, que, nas suas palavras, representa “o compromisso da cidade com a inovação”.

“Este espaço concilia bem a matriz identitária da nossa cidade: histórica e com monumentalidade, ao mesmo tempo que é jovem e inovadora”, referiu.


Laboratório de Inovação Urbana vai ajudar ao desenvolvimento de políticas urbanas

O laboratório de inovação urbana, que resulta do projecto BUILD, é um dos que vai ocupar o Edifício do Castelo. O presidente da autarquia explicou que o equipamento será uma “espécie de mini-sala de controlo urbana”. “Aqui vamos recolher dados, através de sensores, sobre a informação de trânsito ou de poluição, que será depois transmitida, em tempo real, aos cidadãos”. O autarca esclareceu que o tratamento de dados vai ajudar, no futuro, “ao desenvolvimento de políticas municipais” na área urbana. 

O vereador do urbanismo, Miguel Bandeira, também se referiu ao laboratório de inovação urbana como um espaço que pretende ser “um centro de inovação, conhecimento e transferência de tecnologia” e que reunirá, nesse domínio, “bolseiros e estagiários da Universidade do Minho altamente enquadrados com as áreas científicas, tecnológicas e sociais”.

Laboratório de Inovação Cultural quer dar espaço aos “criativos emergentes” de Braga

Na área da cultura, o Edifício do Castelo vai ser mais um espaço em Braga para agentes e projectos culturais. A vereadora da cultura Lídia Dias assinalou que o laboratório de inovação cultural está concertado com a estratégia da cidade no programa Braga Cultural 2030, sendo, por isso, um “local de criação para agentes criativos que estão cimentados e emergentes”. A autarca admitiu também que além de criar, o laboratório de inovação cultural pode vir a acolher eventos culturais, lembrando que o mesmo já foi palco da exposição de ilustração Braga em Risco ou de parte da iniciativa Encontros da Imagem. “Queremos, aqui, atrair e sedimentar o processo artístico da cidade”, estabeleceu.

Laboratório de Empreendedorismo Social como espaço para soluções inovadoras ao combate a problemas sociais

No caso do laboratório de empreendedorismo social, o mesmo será ocupado pelo Human Power Hub, uma incubadora de profissionais e start-ups que, em conjunto, pensarão em soluções inovadoras para problemáticas sociais. O gestor de resiliência do projecto, Carlos Santos, explicou que a inovação social realizada pelo Human Power Hub “é transversal às várias áreas de intervenção como a moeda social ou as economias azul, verde ou circular”. “O projecto vai focar nos problemas das pessoas e na resolução dos mesmos”, esclareceu

Os laboratórios de inovação vão ocupar parte do Edifício do Castelo, desde o primeiro ao terceiro piso. O local está arrendado à Câmara de Braga por um promotor privado e a autarquia vai pagar 5 mil euros mensais nos próximos 3 anos, prazo estipulado no contrato de arrendamento. Apesar do prazo, Ricardo Rio admitiu que há possibilidade, caso este primeiro momento vá ao encontro das expectativas do município, de a Câmara continuar a usufruir do espaço no futuro.

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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