Legislativas 2019. Aumento dos salários em destaque no debate da RUM

A Rádio Universitária do Minho (RUM) promoveu esta segunda-feira um debate com os cabeça de lista por Braga dos partidos com assento parlamentar. Num debate moderado pela jornalista Elsa Moura, e que demorou quase duas horas, foram várias as matérias em discussão.
A necessidade do aumento do salário mínimo e médio nacional foi um dos temas em cima da mesa. André Coelho Lima (PSD) começou por enaltecer o aumento do salário mínimo nacional mas aproveitou para apontar que o aumento só não aconteceu antes porque os executivos socialistas de José Sócrates deixaram o país na “bancarrota”. Depois, o social-democrata, e em relação ao distrito, sublinhou a importância do aumento da competitividade entre empresas e a necessidade da criação da “marca própria”, apontando o exemplo sueco, e referindo ainda que os lucros das empresas têm de ser repartidos de melhor forma por todos, entre patrões e funcionários.
Telmo Correia (CDS) entendeu que os salários só podem subir com a diminuição da carga fiscal. Referindo que os centristas são a favor dos apoios a empresas privadas, o deputado considerou que as famílias só terão maior poder de compra se os impostos diminuírem. Telmo Correia sublinhou ainda que o tecido económico na região “tem de ser apoiado na internacionalização”.
José Maria Cardoso (BE), que se apresenta pela primeira vez como candidato a eleições legislativas, começou por referir que os portugueses vivem melhor agora do que há quatro anos, ressalvando, no entanto, que o salário nacional ainda está longe da média europeia. O bloquista apontou que a indústria no distrito de Braga sofre de baixa qualificação, baixos salários e baixa produtividade e, a este propósito, acusou o poder local de “não ter visão”.
Carla Cruz (CDU) assinalou que o custo dos factores de produção, como o valor do IVA na electricidade, deve baixar para dar melhores condições às empresas, referindo a defesa de uma linha de crédito oferecida pelo Estado, através da Caixa Geral de Depósitos, às pequenas-médias empresas. A comunista apontou também as assimetrias salariais entre patrões e trabalhadores.
Sónia Fertuzinhos (PS), que esteve a maior parte do tempo à defesa, lembrou que o actual executivo aumentou o salário mínimo nacional e combateu a precariedade com uma nova reforma laboral. A socialista referiu que o aumento do salário mínimo nacional permitirá, em breve, o aumento do salário médio mas admitiu a urgência da valorização dos quadros técnicos qualificados, com destaque para a criação de melhores condições relativas ao ensino profissional.
