Líder parlamentar do CDS diz que “a impunidade é regra”

Foi sob o tema “Europa: Coesão e Segurança” que o CDS/PP arrancou as jornadas parlamentares. Hoje, em Braga, o partido debateu questões relacionadas com a segurança em Portugal e os fundos comunitários.
O líder parlamentar do partido, Nuno Magalhães, referiu, em relação à segurança, que Portugal “está muito pouco sereno” e considerou que “cada vez é mais patente o que era latente: a criação de bolsas no Porto, em Lisboa e em Setúbal em que a impunidade é regra e a cultura de transgressão é um culto”.
No arranque da campanha eleitoral dos centristas, Nuno Magalhães revelou ainda que o CDS “irá desafiar os grupos parlamentares a que se agende um debate, seja ele a que dia for, por consenso ou sem ele, sobre justiça”, para que o partido “possa finalmente ver votadas as suas medidas”.
O eurodeputado Nuno Melo também se referiu à segurança no país e lamentou que “as forças de segurança são mal pagas”, acusando o Bloco de Esquerda de tornar, em qualquer incidente, “a presunção da culpa às autoridades”. “A justificação vai sempre para quem comete ilegalidades”, completou.
No plano europeu, Nuno Melo revelou que as propostas do CDS prometem debater “fenómenos como o do terrorismo, que não existiam em 2009 e 2014”, quando o eurodeputado foi eleito.
“António Costa devia falar grosso na Europa”
Nuno Melo falou ainda sobre a atribuição dos fundos europeus a Portugal, nomeadamente em relação à coesão agrícola. O eurodeputado lembrou que o país “está em desvantagem competitiva”. Para resolver a aparente redução dos fundos comunitários, Nuno Melo respondeu que “António Costa devia falar grosso na Europa”.
“Não aceito uma proposta que nos coloca na lista dos países que mais perdem quando somos dos países com maiores desvantagens competitivas em relação a todos os outros: temos mais dívida, mais défice, crescemos menos, tivemos incêndios e estivemos intervencionados pela troika”, concluiu.
Áudio:
O líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, e o eurodeputado Nuno Melo falam sobre o estado da segurança em Portugal
