Livre acredita que pode chegar à eleição de 3 deputados

A uma semana do veredicto dos portugueses, Teresa Salomé Mota, cabeça-de-lista por Braga do Livre, percorreu, este domingo, as ruas do centro da cidade para apelar ao voto, numa campanha que “tem corrido bem”. Apesar de achar difícil a sua eleição, está confiante que o partido pode, pela primeira vez na sua história, chegar à Assembleia da República, pela voz de Joacine Katar Moreira, e quem sabe, pelo número um do Porto, Jorge Pinto.
Nesta arruada, a candidata por Braga contou com a companhia do fundador do Livre, Rui Tavares.
O antigo eurodeputado fundou o partido em 2014, um ano antes do primeiro grande acto eleitoral, precisamente as últimas legislativas, em 2015.
Ano em que o Livre conseguiu 0,73% dos votos, nas Europeias deste ano o partido conseguiu 1,83% e, embora houvesse a esperança de poder eleger um eurodeputado, tal acabou por não acontecer. Apesar disso, as sondagens são animadoras e dão, por enquanto, um resultado a rondar os 1,3%. “É expectável que o Livre duplique o número de votos de 2015 e repita o das eleições Europeias, o que significa estar em território de eleger e eu acho que pode eleger três deputados”, disse à RUM Rui Tavares. Questionado sobre a disponibilidade para integrar a solução governativa, o fundador não nega, mas diz que o partido “está disponível para falar com todas as esquerdas”.
Já Teresa Salomé Mota está confiante que o distrito vai depositar mais confiança no Livre no próximo domingo, mas o grande o objectivo passa por, depois das eleições, “ter um núcleo do partido permanente e com um trabalho contínuo”.
Livre quer abolir propinas e criar um fundo de apoio ao estudante universitário
A mobilidade será a principal luta, principalmente para o quadrilátero urbano.
A cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral fala da proximidade dos jovens universitários ao partido, principalmente para apontar questões como as propinas e a habitação.
Nesta matéria, o Livre defende a reforma do Ensino Superior, com a abolição das propinas e a
Substituição do modelo de financiamento, “um modelo tripartido em que a actividade económica, com um pequeno acréscimo sobre o IRC, constituiria um fundo estratégico para o Ensino Superior e concorrer a mais fundos europeus”, explicou Rui Tavares. Além disso, apontam também como proposta a “criação de um fundo de apoio ao estudante universitário em que aqueles que já beneficiaram do Ensino Superior e que tenham um rendimento acima da média nacional em sede de IRS possam dipsonibilizar uma parte que ajude as próximas gerações de estudantes, seria o dinheiro para acção social, bolsas ou residências universitárias”.
Partido defende salário mínimo nos 900 euros até ao fim da próxima legislatura
A reforma da administração pública e das políticas do territótio, com a regionalização, são outras duas bandeiras do partido, que defende também um salário mínimo nacional de 900 euros até ao fim da próxima legislatura. “Um aumento de 10% ao ano, até ao fim da legislatura, permite recuperrar terreno em relação a uma coisa que deixamos acontecer durante a geringonça,que é a Espanha ter disprado o salário mínimo e ter-se afastado do português, coisa que nunca tinha acontecido desde 75, os espanhóis têm um salário mínimo de 1050 euros. Portugal para ser uma sociedade desenvolvida com uma economia de conhecimento tem que apostar na produtividade, salários mais altos, que significam uma segurança social mais sustentável e serviços públicos universais de maior qualidade”, detalhou o fundador e mandatário da candidatura.
Mas a grande luta do Livre será a mesma que apresentou já nas Europeias: O Novo Pacto Verde. “Trata-se de um plano de investimentos públicos para fazer a transição para as energias renováveis, apoio a infraestruturas, uma vida mais digna e confortávael, investimento em milhares de empregos que é permitido criar e, com turismo e agricultura de alta qualdiade, Portugal passa a ser um país de ponta na economia verde global”, explicou.
O fundador lembra ainda que o Livre é o único partido onde “os cabeça-de-lista são democraticamente eleitos, em eleições primárias abertas, ou seja não são escolhidos pela sede partidária mas pelos concidadãos”.
Para Rui Tavares o Livre “é uma esquerda verde que nunca tivemos em portugal e isso é um factor de atraso”. “O voto em Braga é importante para reforçar o partido e o Livre é o partido que pode impedir a chegada da extrema direita ao parlamento”, apelou ainda.
