Maduro culpa EUA e Europa se houver uma guerra civil

Além de Portugal, outros países europeus reconheceram hoje Juan Guaidó como Presidente interino.
A Rússia continua a reconhecer Nicolás Maduro como Presidente legítimo. Também Pequim referia, a 24de janeiro, a sua “oposição às ingerências externas nos assuntos da Venezuela”.
Mas apesar da pressão internacional cada vez maior, Nicolás Maduro não abandona o poder nem convoca eleições. Nas últimas horas ameaçou mesmo com uma guerra civil na Venezuela.
O Governo português reconhece Juan Guaidó “como Presidente encarregado de convocar eleições livres e justas na Venezuela”. O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou a decisão do Governo que se junta a outros 12 países da União Europeia.
PS apoia posição do Governo
“O PS apoia a posição do Governo português de proceder ao reconhecimento político de quem está em condições de legitimidade para poder convocar eleições de acordo com a Constituição da Venezuela. Juan Guaidó, na qualidade de presidente interino da Venezuela, é o único que tem neste momento legitimidade para concretizar um processo transição pacífica, tendo em vista a realização de eleições”, declarou Maria Antónia Almeida Santos.
PCP condena reconhecimento
Em comunicado, “o PCP condena o `reconhecimento` e apoio anunciado pelo Governo do PS, com o apoio do PSD e CDS, ao `presidente` fantoche nomeado pela administração Trump para a Venezuela, que contou com o apoio imediato de Bolsonaro”.
Os comunistas portugueses entendem o apoio como “uma intolerável afronta à soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela, ao povo venezuelano, à Carta das Nações Unidas e ao Direito Internacional”.
Além de 15 Estados europeus, anunciaram o reconhecimento de Juan Guaidó como interlocutor: Canadá, Austrália, Israel, Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Argentina, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru.
Bloco de Esquerda: Nem Maduro, nem Guaidó
A coordenadora do Bloco de Esquerda considera que a posição da União Europeia sobre a Venezuela pode resultar num “banho de sangue”.
Catarina Martins diz que o partido não apoia nem Nicolás Maduro nem Juan Guaidó.
CDS regista de forma positiva posição assumida pelo governo português
Em nota enviada às redacções, o partido de Assunção Cristas “regista positivamente a posição assumida pelo Governo português de reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como presidente interino, com o encargo de realizar novas eleições presidenciais na Venezuela”.
Aliança saúda reconhecimento da “legitimidade constitucional” de Guaidó
O partido Aliança congratulou-se com a posição assumida por vários Estados Membros da União Europeia, entre os quais Portugal, que reconheceram a “legitimidade constitucional” de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Grécia e Bélgica preferem esperar
Apesar da corrente de anúncios de reconhecimento da presidência em exercício de Juan Guaidó, que até ao momento somam 15 Estados-membros da União Europeia, a Grécia adota um discurso mais cauteloso em relação à situação na Venezuela.
“Acreditamos firmemente que a única maneira de superar essas diferenças é através do diálogo político”, tinha afirmado o ministro das Relações Exteriores, Georges Katrougalos, a 29 de janeiro.
Também a Bélgica se absteve de utilizar a palavra “reconhecimento”.
RTP e SIC Notícias
