“Melhor Mucho Flow de sempre” nos 10 anos da Revolve

O Mucho Flow está de regresso a Guimarães. Na sexta-feira e no sábado, o evento apresenta mais de 20 bandas nos espaços do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), do antigo edifício dos CTT e no São Mamede.
O Mucho Flow acontece pelo sétimo ano consecutivo mas a presente edição tem um sabor especial: celebra o 10º aniversário da Revolve, responsável pela organização do evento e, à RUM, o seu promotor Miguel Oliveira admite que pensou no “melhor Mucho Flow de sempre” para a efeméride.
“Estamos entusiasmados para aquele que consideramos ser o melhor Mucho Flow de sempre, num formato novo e alargado”. O novo formato caracteriza-se pelo decorrer do evento em dois dias e pelo aumento de espaços, ao contrário de edições passadas. No cartaz, o Mucho Flow apresenta 21 bandas, onde se destaca a presença dos dinamarqueses Iceage mas também de Amnesia Scanner, Croation Amor, passando pelos portugueses Montanhas Azuis, Holocausto Canibal e DJ Lynce.
Um cardápio que torna o festival, entende Miguel Oliveira, “vanguardista e com artistas que têm uma carreira pela frente”, ainda que Holocausto Canibal, por exemplo, seja já uma banda com mais de vinte anos. “Não são uma banda nova, de vanguarda, mas têm uma atitude vanguardista. Estão a preparar um concerto especial no CIAJG, visto que não tocam em Guimarães há quatro anos”.
A quantidade de artistas reflecte-se também na diversidade de géneros musicais. Há espaço para o noise punk, o metal, o rock, a electrónica ou o jazz, ofertas que harmonizam com os desígnios do público actual, que já procura diferentes estímulos. “Já não há grupos, já não se separam os géneros, e é preferível ir a um festival como este em que ao longo do dia conheces coisas novas em estilos musicais que se vai explorando. O público do Mucho Flow é informado e curioso”, assinala Miguel Oliveira.
“Guimarães é, sem dúvida, uma cidade mais activa culturamente”
Miguel Oliveira é o mentor da Revolve, promotora cultural vimaranense que celebra 10 anos de existência. Desafiado a fazer uma retrospectiva da evolução cultural na última década em Guimarães, Miguel Oliveira não tem dúvidas: a cidade é hoje mais activa.
“Há dez anos, Guimarães era muito diferente. Não havia o hábito de ver concertos, não havia salas nem público. Mas em 2012, com a Capital Europeia da Cultura, muitas coisas mudaram: ajudou a que as pessoas saíssem de casa para ver concertos e agora o cenário é diferente. É uma cidade mais activa culturalmente, sem dúvida”, resumiu.
Toda a informação da 7ª edição do Mucho Flow pode ser encontrada aqui. Os bilhetes também já estão disponíveis a partir dos 25 euros e podem ser adquiridos aqui.
