Militares da GNR do Sameiro pressionados a autuar

Os militares do comando territorial do Sameiro da Guarda Nacional Republicana (GNR) estão em desacordo com a pressão do Comandante para a intensificação do número de multas, elemento favorável para obter melhor avaliação no desempenho das suas funções. Nos próximos dias, o Comandante Hélder Branco deverá ser notificado pelo advogado destes militares que se queixam de pressões e de exigências que não coadunam com o exercício das suas funções. A notificação seguiu esta semana para o comandante visado, assim como para o Comando Nacional e o Comando Territorial de Braga da GNR.


Em declarações à RUM, o advogado dos militares descontentes com a situação, João Magalhães, sublinha que depois disso deverá seguir-se a formalização de uma queixa-disciplinar ou queixa-crime. “Estaremos a falar de comportamentos de um Comandante que, de alguma forma, com e-mails e outras comunicações para os guardas, tem um tratamento que não nos parece enquadrável à face do regulamento militar, bem como exigências que faz. Será apreciado se o comportamento dele enquadrará ou não o regulamento militar”, explicou aquele advogado.

Ao que tudo indica, o Comandante do posto territorial do Sameiro da GNR comunicou, via e-mail, a cedência de horários privilegiados aos militares que registassem um maior número de autos. O advogado João Magalhães refere que todos os militares estarão conscientes da situação e que a maioria pondera recorrer para os tribunais. “Todos os militares estão conscientes dos mails trocados e de afixações em local público do posto com frases que desabonam a honra e a dignidade dos militares que ali prestam serviço e que se sentem vexados no seu comportamento”, acrescentou.

Certo é que o número de multas aumentou de forma significativa, mas os militares visados asseguram que estão preparados para avançar com uma queixa crime nos tribunais. Contactado pela RUM, o major Bruno Marques, Chefe da Divisão de Comunicação e Relações Pública explica que a GNR “não tem conhecimento de qualquer queixa apresentada”, referindo que “a quantidade de autos de contraordenação levantados não é um critério de avaliação”.

Elsa Moura
Elsa Moura

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