Ministra da Cultura elogia municípios pelo investimento na promoção cultural

A Ministra da Cultura esteve esta sexta-feira na abertura da Feira do Livro de Braga, onde elogiou o papel das autarquias na promoção cultural de proximidade. Ao longo do percurso, Graça Fonseca cumprimentou e falou com todos os livreiros (13), terminando o curto roteiro com a aquisição de um livro.
À imprensa local – única presente na abertura – Graça Fonseca reconheceu que muitos municípios do país “estão a fazer um bom papel sem o apoio do Governo”, salientando que “em todo o território há inúmeros acontecimentos culturais, com e sem parcerias”. A governante foi mais longe e assumiu até que “muito do que acontece de cultura no território é pela liderança e pelo papel das autarquias”.
Em Braga, a responsável pela pasta da Cultura defendeu a importância em “promover um trabalho de rede”, dando como exemplo a possibilidade de criação de “mais sinergias entre a Feira do Livro de Braga e a Feira do Livro de Lisboa”, certames com dimensões distintas, mas o mesmo fim. “É importante destacar o papel das autarquias e neste caso o da Câmara Municipal de Braga. O Estado não deve abafar, deve projectar, dar destaque e apoiar no que for necessário”, referiu.
Graça Fonseca saudou as parcerias com entidades privadas, como é o caso da empresa DST na Feira do Livro de Braga, considerando que assim também é possível “trazer mais público, chegar a mais pessoas”.
O presidente do Município de Braga elogiou a presença da Ministra da Cultura na abertura da Feira do Livro de Braga, afirmando que apenas o gesto da sua presença já significa “um apoio da parte do Governo e reconhecimento do trabalho que é feito no território”.
Com um orçamento de 60 mil euros desembolsados directamente pelo município de Braga, o autarca defendeu “um papel subsidiário entre todos os agentes” dando nota de que a Feira do Livro de Braga “é um retrato disso mesmo”, com o mecenas cultural Grupo DST, através do prémio literário e de um programa complementar ao longo do certame.
Na opinião do autarca bracarense, as diversas iniciativas de cariz cultural a acontecer nos próximos dias na cidade (Feira do Livro, Mimarte e Festival de Trombone) comprovam ainda a “vitalidade cultural da cidade e as ambições para o futuro, o título de Braga Capital Europeia da Cultura 2027”, recordou.
Os pedidos do Município de Braga à Ministra da Cultura
Em declarações aos jornalistas, Ricardo Rio antecipou alguns dos pedidos a endereçar à Ministra da Cultura no final da visita. “Braga é uma cidade que, felizmente, tem um conjunto de activos de natureza patrimonial muito relevantes que urge preservar e criar condições para que sejam fruídos, para que sejam naturalmente salvaguardados”, começou por dizer. Entre os exemplos de investimentos em que o município espera contar com o apoio do Estado, o edil assinalou o projecto da Ínsula das Carvalheiras ou o Parque Eco monumental das Sete Fontes”.
Ao início da noite, a Ministra participou na Gala da entrega do Prémio Literário DST, este ano a Lídia Jorge, pela obra ‘Estuário’.
