Nos 25 anos do IPCA, Ministra da Cultura valoriza relação entre arte e ensino

A ministra da Cultura marcou presença esta tarde na Galeria de Arte Municipal de Barcelos a propósito da inauguração da exposição “O Processo Criativo de Maria Keil”.
A exposição foi inaugurada no âmbito dos 25 anos do IPCA ( – Instituto Politécnico do Cávado e Ave -, que conta com uma Escola de Design), e reúne mais de 100 peças – algumas delas expostas pela primeira vez – , entre pinturas, ilustrações, postais ou azulejos, da artista algarvia falecida em 2012. O título da exposição dá o mote sobre aquilo que é a mostra: o espectador é levado para a mente de Keil, através do desenho à vista e ao espelho. Assim, o carácter da exposição, que desvenda o processo criativo da artista, torna-se relevante para o público em geral mas sobretudo para estudantes da área.
Graça Fonseca destacou precisamente esse ponto, referindo que “a obra e a base do trabalho de Maria Keil são pontos em que os alunos da Escola de Design podem ter ferramentas, a partir da experiência da artista, para transformarem os seus próprios percursos”.
A ministra da Cultura, que confessou ser admiradora do trabalho de Maria Keil, realçou ainda a vertente multidisciplinar da obra, acrescentando ser importante reconhecer, “e não deixar esquecer”, Maria Keil como uma das “maiores artistas portuguesas”.
Graça Fonseca destaca importância de colocar os espólios cada vez mais disponíveis ao público
“O Processo Criativo de Maria Keil” contou com a presença de Francisco Keil Amaral, filho da artista, e responsável
por doar parte do espólio da artista que, como deu conta a curadora da exposição Cristiana Serejo, “nunca expôs desta forma no Minho”.
A abertura de um familiar em disponibilizar parte da obra de uma artista foi aproveitada para Graça Fonseca deixar um apelo na importância cada vez maior de colocar a arte assegurada ao público.
“É muito importante que as entidades públicas possam trabalhar em conjunto com quem tem os espólios, os guardiões de obras extraordinárias de artistas portugueses, para garantir que as obras fiquem para usufruto público”, completou.
