Ministro da Ciência pretende 2% do financiamento europeu

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor ambiciona duplicar a participação de Portugal em projectos europeus. A garantia foi deixada esta terça-feira, 12 de Fevereiro, no INL onde decorreu uma mesa redonda com o tema “Construir Ecossistemas Digitais para a Inovação, Competitividade Industrial e Convergência”.
Segundo o ministro, o objectivo principal passa sobretudo por “garantir uma participação crescente de Portugal nas redes europeias”. Uma estratégia clara que tem como meta “duplicar a participação portuguesa em projectos europeus e com isso duplicar o financiamento europeu em Portugal”.
De acordo com os dados avançados pelo ministro “Portugal contribui com 1,2% para o orçamento europeu”, sendo que “atrai 1,6% desse orçamento”. Por isso,Manuel Heitor reafirma que pretende conseguir 2% do financiamento europeu.
Quanto ao desenvolvimento da inteligência artificial em Portugal, Manuel Heitor não tem dúvidas de que “está ao nível” do que de melhor é feito dentro da União Europeia. O ministro sublinhou o exemplo da Bosch em Braga que tem vindo a dar cartas na área da condução autónoma. Para além disso, Manuel Heitor declara que o mais importante passa por “criar mais emprego”.
Esta é uma opinião partilhada com o responsável pela apresentação da “estratégia portuguesa de Inteligência Artificial no contexto da União Europeia”, Alípio Jorge, que afirma que existem cada vez mais empresas a investir na inteligência artificial. Quanto aos indicadores, esses situam Portugal “na média europeia” em determinadas áreas.
Alípio Jorge defende o investimento num maior número de estudantes internacionais tendo em conta que Portugal tem “excelentes condições para atrair e acolher mais alunos que podem contribuir” para o desenvolvimento da inteligência artificial.
Quanto à grande questão, “vai a inteligência artificial roubar os empregos dos portugueses?” O responsável confessa que algumas profissões podem ser afectadas, mas “outras podem surgir”. No fundo, a inteligência artificial vem “proporcionar mais ferramentas às pessoas para serem mais produtivas”.
Áudio:
Declarações do Ministro da Ciência, Manuel Heitor e do responsável, Alípio Jorge, no INL
