Motoristas em greve por tempo indeterminado

Esta manhã em Aveiras de Cima, no piquete da greve, o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, fez um primeiro balanço do protesto. O responsável contestou “o aparato policial” e de “forças do exército”.


“Estas pessoas vieram aqui determinadas a cumprir os serviços mínimos, determinadas a colaborar. A ANTRAM desde o início que não tem colaborado connosco e depois as empresas patrocinadas pelo Governo, com este aparato, fazem sair carros que nós não sabemos para onde vão”, denunciou.

O representante do sindicato sinalizou mesmo que, desta forma, não haverá condições para que a estrutura cumpra os serviços mínimos.


Por volta das oito da manhã, o dispositivo da Guarda Nacional Republicana destacado para a greve escoltou os primeiros motoristas de matérias perigosas que saíram de Aveiras de Cima, onde se concentra o piquete de greve.

Segundo fonte da GNR, citada pela Lusa, os primeiros cinco camiões-cisterna carregados com matérias perigosas partiram da sede da CLC – Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras de Cima, para proceder ao abastecimento do aeroporto.

“A GNR escoltou os motoristas e funcionou tudo normalmente. Correu tudo em ordem”, afirmou.

Antes das oito da manhã desta segunda-feira, o porta-voz do SNMMP, Pardal Henriques, acusava a ANTRAM de ter subornado os primeiros motoristas que saíram de Aveiras de Cima.

“Os primeiros que saíram foram pessoas subornadas”, afirmou o responsável, em declarações proferidas no local onde estão reunidos vários motoristas.

Portugal está, desde sábado e até às 23:59 de 21 de Agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta paralisação.

A greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias começou hoje e decorrerá por tempo indeterminado, estando o Governo pronto para aprovar a requisição civil se não forem cumpridos os serviços mínimos decretados.

Em 15 de Julho, o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) entregaram um pré-aviso de greve e no sábado, após a realização de um plenário conjunto, decidiram manter a paralisação, na sequência de negociações infrutíferas nas últimas semanas com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) sobre progressões salariais.

Durante as primeiras horas do dia, o executivo liderado por António Costa irá avaliar o cumprimento dos serviços mínimos decretados, que variam entre os 50% e os 100%, e está preparado para aprovar, através de Conselho de Ministros eletrónico, a requisição civil.

O primeiro-ministro advertiu ainda, no domingo, que as forças de segurança foram instruídas para assegurar o “devido sancionamento” em caso de incumprimento de uma eventual requisição civil, apelando para que impere o “bom senso”.

Segundo o artigo 348 do Código Penal, o crime de desobediência é punível “com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias” no caso da desobediência simples ou com pena de prisão de dois anos no caso de desobediência qualificada.

Na sexta-feira, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, revelou que em caso de incumprimento dos serviços mínimos serão requisitados mais de 500 elementos das forças armadas e das forças policiais para realizarem tarefas de cargas e descargas de combustível.

Com RTP

Redação
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