Movimento cívico reúne-se em Braga para pensar a floresta

Pensar a floresta e a forma como os cidadãos a podem ajudar. É este o principal objectivo da reunião promovida pelo “Movimento Cívico para a Protecção da Floresta” que reúne esta sexta-feira à noite na cidade de Braga.
O momento pretende juntar alguns especialistas da área, nomeadamente técnicos, bombeiros e agentes de autoridade para recolher o maior número de informação possível no sentido de garantir uma resposta mais consistente a este problema que tem afectado as florestas nacionais.
Manuel Almeida Antunes, da organização do debate desta sexta-feira, garante que, só após a sessão, vai ser possível perceber o que há para fazer a nível local ou mesmo nacional. “Queremos saber quais as reais necessidades do terreno. Depois disso, vamos tentar saber o que um grupo deste género pode fazer”, afirmou o organizador da iniciativa que esclareceu que as conclusões podem passar por “acções de voluntariado, na vigia ou reflorestação de zonas específicas, ou com propostas e ideias de regulamentação ao nível da legislação ou até mesmo ao nível da gestão dos terrenos por parte dos particulares que são detentores de uma grande fatia da área florestal”.
Manuel Almeida Antunes pretende, no sentido de atingir estes objectivos, uma participação heterogénea no debate desta noite e que passe por “engenheiros florestais, bombeiros ou mesmo agentes da GNR”, uma vez que “são essas pessoas que nos podem transmitir o que se passa na realidade”, dado que, assumiu “o cidadão comum apenas sabe o que se passa através das informações dadas pela comunicação social”.
O debate acontece na semana em que uma vaga de incêndios vitimou 43 pessoas em Portugal, deixando para trás um rasto de destruição. Este é, para Manuel Almeida Antunes, um problema que não é de agora. “Este era um debate que já devia ter acontecido há mais tempo”, considerou o organizador que explicou que se andou demasiado tempo “à procura de culpados, quando os culpados somos todos nós devido à passividade tida em muitos anos, uma vez que os problemas da floresta são consequência de muitos anos de estratégias mal ponderadas”.
A sessão desta sexta-feira começa às 21h30 e realiza-se no Centro Académico de Braga, na Praça da Faculdade de Filosofia.
