Município de Famalicão promove ciclo de homenagens a Júlio Brandão

Celebram-se esta sexta-feira os 150 anos do nascimento de Júlio Brandão, escritor natural de Vila Nova de Famalicão. Para assinalar a efeméride, começa a partir desta data um ciclo de homenagens que só termina em 2020.

O primeiro acto foi o descerramento de uma placa comemorativa do nascimento de Júlio Brandão, localizada na rua de Santo António, precisamente a zona onde o poeta nasceu, a que se seguiu a deposição de uma coroa de flores na glorieta dedicada a Júlio Brandão, na rotunda 1.º de Maio.

Está agendado ainda para este ano a concretização de uma intervenção artística mural na Escola Básica Júlio Brandão, em Setembro, com a colaboração dos alunos, e de uma exposição intitulada “Vida e Obra de Júlio Brandão”, em Outubro, que vai ficar patente na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco.

Já em 2020, no mês de Abril, realiza-se uma conferência nacional comemorativa e evocativa dos 150 anos do nascimento de Júlio Brandão. Ainda durante este período de homenagem, será lançada uma nova edição da obra “O livro de Aglaïs”, a mais célebre do autor.

Agostinho Fernandes, presidente da comissão executiva responsável pelas comemorações, destaca a importância de “evocar uma figura maior, que teve Famalicão como berço e que deixou o nome no país”. Alerta ainda para o facto de haver “mais entidades e pessoas a merecerem este tipo de distinção”. 


“Quem não tem memória não tem história. Parece que, às vezes, além de Camilo Castelo Branco, não vemos mais ninguém”, refere o antigo presidente da Câmara Municipal de Famalicão entre 1983 e 2001.

Já o actual autarca, Paulo Cunha, considera que Júlio Brandão “deixou um legado muito positivo”, que, no seu entender, “foi mantido ao longo dos anos”. “O facto de ser patrono de uma das nossas escolas aqui na nossa cidade é um contributo nesse sentido”, exemplifica.

Quem foi Júlio Brandão?

Júlio de Sousa Brandão nasceu a 9 de agosto de 1869 num prédio, entretanto já demolido, situado na rua de Santo António, no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão. Com apenas cinco anos de idade, Júlio Brandão foi morar para o Porto com a sua família, embora nunca tenha perdido a ligação à sua terra natal. 

Em terras portuenses leccionou na Escola Infante D. Henrique e ocupou o cargo de director do Museu Municipal do Porto. Tornou-se sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa, da Academia Nacional das Belas Artes, do Instituto de Coimbra e da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.


Fez parte também do grupo dos “Nefelibatas” – termo utilizado para classificar escritores que fazem prosas ou versos que se afastam dos processos literários mais comuns -, tal como Raúl Brandão. Além de escritor e professor, Júlio Brandão, que morreu a 9 de Abril de 1947, foi cronista, comentador literário, dramaturgo e jornalista.

TBG

Redação
Redação

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv