“Não podemos ceder ao medo”, diz José Manuel Fernandes

José Manuel Fernandes estava no seu gabinete, no Parlamento Europeu, à hora do ataque no centro de Estrasburgo, a escassos quilómetros do local do atentado. Saiu do Parlamento já por volta das três da manhã.
Ao início desta quarta-feira, em declarações à RUM já, novamente, no Parlamento Europeu, o eurodeputado minhoto reconheceu que há “um sentimento de revolta, de tristeza na cara de todas as pessoas”. Ainda assim, José Manuel Fernandes, que experiençou a mesma situação em Bruxelas, assume que há um outro sentimento naqueles que vivenciam de perto estas experiências: “não podemos ceder ao medo e temos de continuar a lutar pela liberdade, pelos nossos valores e pelo nosso modelo europeu, portanto há a necessidade de prosseguir”, vincou.
Já sobre o suspeito deste atentado, ainda em fuga, o eurodeputado diz esperar “que o criminoso e cobarde seja rapidamente apanhado pelas autoridades”.
Já depois do atentado, o Parlamento prosseguiu com os trabalhos. José Manuel Fernandes concorda até porque “parar seria dar trunfos àqueles que procuram condicionar as nossas vidas”.
Poucas horas depois de sair do Parlamento Europeu, ao início da manhã José Manuel Fernandes já tinha regressado ao trabalho. Instalado numa zona mais desviada do centro de Estrasburgo, o eurodeputado confessa que foi mais fácil chegar a casa, contrariamente àqueles que estavam instalados no centro da cidade.
“Não tive dificuldades em aqui chegar. Há um aumento de segurança, há estradas que vão sendo barradas”, descreveu.
Áudio:
José Manuel Fernandes relata à RUM momento em que soube do ataque e cenário em Estrasburgo esta manhã
