“No ciclo da inovação é preciso agir rapidamente e em força”

O Secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, presidiu esta quinta-feira à primeira de nove sessões da Agência Nacional de Inovação (ANI) de demonstração e promoção da tecnologia desenvolvida em Portugal, apelidadas de Demonstradores Tecnológicos.
Com o tema “Indústria 4.0 e os desafios das PME’s” estas sessões prentendem dar visibilidade aos resultados da inovação e desenvolvimento. O Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, na Universidade do Minho, foi o primeiro local desta iniciativa.
Para o Secretário de Estado da Economia o sucesso desta área passa por uma introdução no mercado à “escala mundial”, uma vez que Portugal “não tem condição” de sustentar investimento nas áreas “mais arriscadas” ao nível de produtos e serviços com forte incorporação de conhecimento e inovação se não se procurar mercado a nível mundial. “Os outros países não estão parados e nós podemos estar a fazer um percurso interessante, mas um país ao lado também tem a mesma ambição. Temos de estar sempre em confronto com os outros e com aquilo que temos, portanto temos de agir rapidamente e em força”, considerou.
O governante concluiu a sua intervenção dizendo que os fundos comunitários têm tido um papel “enorme” e tem sido, de “forma exagerada”, o grande suporte do investimento em Portugal nos últimos anos. Cerca de 9 mil milhões de euros em investimento e uma dimensão como “nunca” teve. A intenção é que nos próximos anos exista o mesmo nível de suporte, referiu.
“As tecnologias digitais e a robótica são duas áreas fundamentais para a modernização da indústria nacional”
Já Eduardo Maldonado, Presidente da Agência Nacional de Inovação realçou que as áreas das tecnologias digitais e a robótica são “fundamentais” para a “modernização” da indústria a nível nacional e que a ANI quer garantir as “melhores” condições de acesso às entidades portuguesas a programas de inteligência artificial, estando empenhados em desenvolver uma rede nacional, chamada Digital Innovation Hubs.
O dirigente destacou que o objectivo destas sessões (Demonstradores Tecnológicos) é dar a conhecer à sociedade os resultados da inovação e do empreendorismo de base científica e tecnológica que acontece em Portugal. O Presidente da ANI anunciou ainda que a próxima sessão vai decorrer no CEIIA, Centre of Engineering and Product Development, em Matosinhos, com data a definir.
“O PIEP tem como missão ser uma referência internacional na área dos polímeros”
O Presidente do Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), da Universidade do Minho, João Cortez, mencionou no seu discurso que este entidade tem como “grandes objectivos” ajudar as empresas a desenvolver produtos próprios, “melhorar” a qualidade dos seus processos, “potenciar” a participação das empresas nacionais em projectos de Inovação e Desenvolvimento europeus, “contribuir para o fortalecimento” numa ligação dos plásticos e dos moldes e a Universidade do Minho em particular assim como a sua rede de contactos internacionais.
“As áreas da economia circular e sustentabilidade ambiental estão a exigir ao PIEP novos desafios, novos investimentos, novas competências em recursos humanos e mesmo a exigência recente para creditar e certificar alguns dos seus laboratórios. A missão deste Pólo é ser uma entidade de referência internacional na área dos polímeros. Eu aprecio bastante o facto de criar valor de forma continuada para os seus associados e clientes, porque não podemos apenas investigar e desenvolver. Precisamos de inovar e só inovamos por definição quando tiramos valor económico”, vincou.
Áudio:
João Correia Neves, Secretário de Estado da Economia, Eduardo Maldonado, Presidente da Agência Nacional de Inovação e João Cortez, Presidente do PIEP.
