Nova ETAR de Braga só avança com fundos comunitários

A Agere não vai avançar para a construção da nova ETAR de Braga sem financiamento comunitário. A garantia foi deixada pelo presidente da Câmara Municipal de Braga (CMB), Ricardo Rio, numa reacção à hipótese defendida pelos vereadores da oposição, em declarações à imprensa esta segunda-feira já depois da reunião camarária.

No encontro em que foi apreciado o relatório de contas consolidadas de 2018 e a actividade das empresas municipais, PS e CDU endureceram as críticas à administração da Agere dando nota de que as receitas da empresa deveriam resultar num investimento efectivo no terreno ou na factura dos munícipes. Na resposta, o presidente do município deu exemplos como o investimento no plano de contentorização (sete milhões de euros) e as obras na ETAR de Frossos, além do congelamento do valor da factura depois de uma redução no ano anterior.

A propósito da capacidade da Agere para investir, Carlos Almeida, vereador da CDU considerou que há várias necessidades, entre elas uma nova ETAR. “É um problema que se arrasta há imensos anos com consequências ambientais e para as freguesias vizinhas (da ETAR de Frossos) muito nefastas”, disse. O comunista referiu que “haverá sempre uma parte do investimento que tem que caber à Agere” e que a pertinência da empresa poder avançar com ou sem fundos comunitários “coloca-se”. “Já temos ouvido declarações dos responsáveis da administração de que não estaria dependente de fundos comunitários, mas a verdade é que o problema se arrasta e até hoje não foi tomada nenhuma medida nesse sentido”, referiu.

Os socialistas são ainda mais directos nesta questão. Artur Feio sublinhou que a Agere “devia avançar de imediato para a construção da nova ETAR sem fundos comunitários porque tem essa capacidade” e é preciso “colmatar essa deficiência gravíssima”. “Estamos a falar  do lançamento de enormes quantidades químicas e biológicas no rio Cávado. Numa altura em que estão a decorrer obras de melhoramento da margem em Palmeira não percebemos como se investe numa margem que depois é carregada com resíduos por haver uma incapacidade efectiva da ETAR de Frossos”, acrescentou.

A ETAR vai custar vinte milhões de euros. Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga afirma que se trata de um equipamento que tem um impacto regional pelo que o investimento “terá que avançar com base num financiamento comunitário”. O autarca refere ainda que face ao volume de investimento que está em causa “não há nenhuma capacidade própria da Agere para poder avançar com esse investimento”.

Segundo Ricardo Rio, as conversações com o governo estão a decorrer e o equipamento deverá receber apoio do próximo quadro comunitário.

Áudio:

Garantia deixada pelo presidente do município depois de opiniões partilhadas pelos vereadores do PS e CDU

Elsa Moura
Elsa Moura

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