Nuno Faria já não é o director artístico do CIAJG. Sucessor é conhecido no final do verão

Nuno Faria já não é o director artístico do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e o seu sucessor só será conhecido no final do verão. A novidade foi adiantada esta manhã por Adelina Paula Pinto, vereadora da Cultura vimaranense, em reunião de câmara. Nuno Faria ainda desempenha funções de consultoria até ao final do ano – foi ele quem desenhou o ciclo expositivo de 2019 – mas divide a tarefa com o seu novo cargo na Câmara Municipal do Porto.

O sucessor será conhecido no final do verão, após uma reunião do Conselho Consultivo, um organismo que junta vários responsáveis de instituições e empresas do concelho. O perfil, adiantou Adelina Paula Pinto, ainda não está identificado mas uma das falhas reconhecidas no trabalho de Nuno Faria foi a “fragilidade na ligação ao contexto local”.

Os esclarecimentos da autarca foram uma resposta a uma intervenção de Ricardo Araújo, vereador da coligação Juntos por Guimarães, que questionou o executivo sobre a aparente falta de estratégia para o CIAJG. O vereador da oposição lembrou que o município prometeu uma reflexão sobre o futuro do equipamento cultural há dez meses e, volvido esse tempo, não há novidades conhecidas.

“Aquilo que nos parece é que há um desnorte claro em relação àquilo que é o futuro e o presente da Plataforma das Artes. Há um ano o presidente da Câmara, face a uma avaliação que não corresponde aos resultados que todos queremos para aquele espaço, anunciou que iria promover uma reflexão. Um ano depois temos a vereadora da cultura a dizer que só agora vai iniciar essa reflexão”.

O vereador da coligação Juntos por Guimarães referiu ainda que a saída de Nuno Faria, por si só, “não é um problema”. “O que é preocupante é perceber que já há muito se sabe da saída e a Câmara ainda não tem solução. Não é aceitável ter um director artístico no Porto e, em part-time, a fazer umas horas aqui”, completou.

Às acusações da oposição, Adelina Paula Pinto garantiu que “não há desnorte quanto ao futuro do CIAJG” e assegurou que está a ser feita uma “reflexão interna há já muito tempo”.