“O Estado está degradado”, diz Assunção Cristas

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas encerrou esta terça-feira as Jornadas Parlamentares do partido que decorreram durante dois dias na cidade de Braga. No discurso, a centrista abordou vários temas, entre eles a problemática da Caixa Geral de Depósitos, furtos em instituições do Estado, assim como projectos que o CDS irá remeter ao Parlamento nos próximos seis meses.
“Há dois anos que os portugueses podiam conhecer os nomes dos grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos”
A presidente do CDS-PP não teve qualquer pudor em apontar o dedo aos partidos de esquerda. De acordo com a líder centrista, o PS, Bloco de Esquerda e PCP são os responsáveis por toda a polémica em que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) se encontra.
Nas palavras de Assunção Cristas, há dois anos os partidos de esquerda “bloquearam o acesso aos deputados e à comissão parlamentar de inquérito, à lista de grandes devedores da caixa. Uma lista que nos últimos dias tem vindo a ser conhecida através dos media e, de acordo com a líder centrista, já “poderia ser do conhecimento do parlamento”.
A centrista declara que o CDS irá fazer de tudo para “descobrir a verdade” assim que a auditoria chegue ao Parlamento. Assunção Cristas pede aos partidos de esquerda que “coloquem a mão na consciência”, uma vez que impuseram obstáculos à verdade.
“O Estado está degradado”
Assunção Cristas não poupou nas críticas ao Governo socialista, que na sua opinião tem vindo a “deteriorar a ordem pública, autoridade e segurança em Portugal”. A presidente do CDS lembrou que “num país que não cresce, não cria emprego de qualidade, não produz riqueza, não aproveita a inovação e não se prepara para o mundo da transição digital”, não pode ser esperado qualquer futuro nas áreas da saúde, educação e bem-estar público.
A centrista defende que é necessário “acabar com a asfixia fiscal” que leva os portugueses a trabalhar seis meses só para pagar impostos. Na óptica de Assunção Cristas, são necessárias “mudanças profundas” para Portugal sair da “cepa torta”. Para o CDS, “basta dos portugueses se conformarem com uma visão pequenina do país”.
Revisão do Código Penal
Mais uma vez, a líder do CDS-PP declara que o partido foi visionário no que toca às questões judiciais, uma vez que a 1 de Março de 2017 foi discutida no Parlamento uma proposta “bem estruturada” para a “revisão das molduras penais”, nomeadamente, no que toca aos crimes relacionados com “violência doméstica e crimes sexuais”.
Assunção Cristas ataca os partidos da oposição e acusa-os de “falarem muito e fazerem pouco”, uma vez que o CDS “continua à espera que apresentem as suas propostas”. Nos últimos seis meses no Parlamento, a centrista garante que vai “desafiar todos para dar passos significativos na área da justiça”.
Legislar o Cuidador Informal
Sem adiantar muita informação, a presidente do CDS deixou a garantia de que este “é um tema central”, pois é essencial dar respostas reais às problemáticas de vários portugueses.
Áudio:
Declarações da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, no discurso de encerramento das Jornadas Parlamentares.
