O que têm em comum Harvard e a Universidade do Minho?

Reduzir a carga, facilitar o uso dos tablets e limitar a má utilização dos aparelhos são alguns dos objectivos apresentados pelos dez investigadores, que participaram neste estudo desenvolvido na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, onde Pedro Azeres, professor de 45 anos da UMinho se encontra a trabalhar. Em questão estaria a necessidade de encontrar soluções, no desenho do software para tablets, de modo a corrigir os problemas referidos anteriormente.
De acordo com o professor catedrático da Escola de Engenharia da UMinho, o estudo debruça-se sobre “a forma como o utilizador interage com o aparelho, mas também perceber quais os músculos, neste caso o antebraço e os dedos, que são afectados pela utilização deficiente destes aparelhos” afirma. O investigador acrescenta que é necessário que as empresas “desenhem o software de forma a maximizar a utilização dos polegares, com prioridade no formato do botão deslizante horizontal junto do fundo do ecrã”. Por outras palavras, torna-se fulcral não colocar os comandos fora do alcance dos dedos, “pois isso implica uma maior carga muscular”.
Os resultados obtidos permitem garantir que a utilização destes botões deslizantes são a melhor hipótese para reduzir a carga muscular no antebraço, melhorando o conforto e desempenho dos utilizadores. Apesar de se tratar de um peso menor, suportar um tablet apenas com um braço, sem suporte e com uma constante flexão do pescoço, “pode levar a sérios problemas”.
Na realização deste estudo o grupo de investigadores internacionais, recorreu à técnica de análise da actividade eléctrica muscular e à análise tridimensional do movimento.
Áudio:
Pedro Arezes explica como foi realizado e qual o foco do estudo.
