Onda de assaltos: Paulo Cunha pede reforço da GNR e PSP

Uma onda de assaltos tem alarmado os cidadãos e comerciantes de Vila Nova de Famalicão. Na madrugada desta sexta-feira somou-se mais um assalto, num estabelecimento comercial foi assaltado, na Rua de Painçães, junto às antigas instalações do Tribunal.
O presidente da Câmara Municipal de Famalicão reagiu, esta sexta-feira, à vaga de assaltos. O autarca aponta “o decréscimo de efectivos e a sua excessiva rotatividade” como “consequência para o aumento da insegurança”.
Paulo Cunha atribui responsabilidades ao Governo, liderado por António Costa, prometendo “continuar a insistir, revindicar e exigir dos responsáveis a criação de condições”.
“A Câmara não tem em competências ao nível da segurança das pessoas e dos bens. Continuaremos a envidar todos os esforços e a exigir das entidades responsáveis respostas concretas. Lamentamos que este país esteja a caminhar no sentido da perda de recursos efectivos ao serviço de áreas essenciais para a sociedade, como é a segurança”, sublinhou.
Para Paulo Cunha a “única forma de resolver o problema e a presença efectiva de agentes no território e a maior vigilância”. “Não é termos um veículo, é termos quatro ou cinco a circular nas várias ruas, 24 por dias, de segunda a domingo, e isso só se resolve com agentes formados e no uso de todos os meios que permitem prevenir os crimes, reagir atempadamente e sancionar os prevaricadores e isso significa PSP e GNR”, apontou o autarca.
Em Famalicão, há já um sistema de vigilância nocturna, que, para Paulo Cunha, não substitui as forças policiais segurança”. “Não é realizável e o problema não é só da cidade, é do concelho”, complementou.
“O que existe hoje é um serviço de vigilância municipal, que tem como tarefa vigiar os serviços municipais, mas que não tem competências, não pode fazer detenções nem pode usar armas de fogo. Não se espere que esta solução vá trazer resposta para os problemas reais que estamos a viver”, asseverou o presidente famalicense.
O autarca frisou ainda que “5 agentes da GNR não são suficientes para uma área tão grande, o mesmo acontece em Joane e Riba de Ave, e com a PSP”.
O autarca famalicense adiantou que já se reuniu com a secretária de Estado da Administração Interna, a quem transmitiu as preocupações em torno da segurança do concelho e, essencialmente, com a perda de efectivos e excessiva rotatividade, algo que diz “prejudicar a segurança”, mas, até ao momento, não há desenvolvimento por parte da tutela.
Áudio:
Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, fala sobre a onda de insegurança que se vive no concelho
