Oposição critica modelo para AEC’s no Município de Braga

Os vereadores do Partido Socialista em Braga criticam o executivo municipal pelo modelo de AEC’s implementado no ano transacto. Em 2018 os socialistas votaram a favor, mas a precariedade dos professores e as desistências que dizem ser “sistemáticas” e que prejudicam os alunos, levaram agora a uma alteração no sentido de voto. Pelo segundo ano consecutivo, o modelo recentemente implementado, voltou a contar com o voto contra da CDU a que agora se associaram os três vereadores socialistas.

As críticas fizeram-se ouvir pela vereadora Liliana Pereira, que diz que no ano passado os socialistas deram “o benefício da dívida” acreditando que o modelo tripartido “poderia trazer frutos”. “Recebemos de muitos pais e professores a mensagem de que este modelo não está a funcionar, com alunos que têm “vários professores na mesma actividade ao longo do ano, muitos deles passaram muito tempo sem ter professor”. “Pais e professores estão descontentes ao contrário do cenário que nos foi apresentado pela vereadora. A CMB deve voltar a assumir a responsabilidade destas actividades”, defendem agora os socialistas que consideram que as actividades “não estão a enriquecer os alunos”. Os socialistas pediram ainda os relatórios positivos referidos pela vereadora da Educação quando confrontada com as críticas.

Carlos Almeida, vereador da CDU, também criticou o modelo, seguindo a mesma linha dos anos anteriores. “Aquilo que suspeitavamos que ia acontecer, confirma-se, a instabilidade que confere aos docentes, uma precariedade muito grande”, critica, recordando que não há sequer contagem do tempo de serviço.

No final da reunião e em declarações aos jornalistas, o autarca Ricardo Rio assumiu que o modelo gera instabilidade profissional, mas diz que “não é possível enquadrar esses docentes como profissionais do quadro do município”. Reconhecendo “soluções precárias” e pouco estimulantes para os profissinais que “têm legitimidade para aceitar oportunidades em contextos profissionais melhores”, o presidente do município assinala que os problemas “não são de hoje” e que esta nova solução, apesar de tudo, tem ajudado. “Em rigor, a situação hoje é melhor, houve uma maior diversidade de oferta, uma maior frequência e uma menor lógica de abandono”, disse, nãoe escondendo algumas situações em que os alunos tiveram vários professores na mesma actividade ao longo do ano lectivo.

Elsa Moura
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