Oposição em Braga critica orçamento “eleitoralista”

Com os votos contra dos vereadores do Partido Socialista (PS) e da CDU, as opções do plano e orçamento para 2017 em Braga foram esta segunda-feira aprovadas em sede de executivo municipal.

Documentos que foram criticados pela oposição que os consideram “eleitoralistas”, tendo em conta as autárquicas que se realizam no próximo ano.

Carlos Almeida, vereador da CDU, frisou fragilidades neste orçamento, lembrando que a cultura e acção social são os parentes pobres de um documento que é de “propaganda”. O vereador comunista diz que “fica a sensação do que mais do que resolver problemas concretos com medidas de gestão da cidade, continuam-se a acenar com grandes projectos que nunca mais saem do papel”.

O vereador comunista acredita que o orçamento que foi aprovado não consegue “dar resposta aos problemas estruturais do município e populações” por “não terem rasgo nem perspectiva” e acrescenta que o mesmo reflecte o querer “jogar as cartadas todas até ao fim do mandato”.

Do lado do Partido Socialista não houve dúvidas em afirmar o documento como sendo “eleitoralista”. “É um documento de período eleitoral. Há um reforço do investimento e 11 milhões estão previstos para obras de último ano de mandato” disse Hugo Pires que lembrou que muito do que foi prometido ficou pelo caminho até aqui: “A coligação apresentou-se aos bracarenses para, em 100 dias, revolucionar a cidade. Hoje, passados 1100, muito do que prometeu não está feito”, afirmou o vereador socialista que lembrou a não revogação dos parquímetros, a não criação do fundo para regeneração urbana, a não requalificação do mercado municipal e margens do Cávado e a estagnação do processo do Parque das Sete Fontes.

Hugo Pires também considerou que a cultura é “quem mais sofre” neste documento para 2017, acrescentando ainda a área da protecção civil como uma das que mais sai prejudicada. Por isso, o socialista lamenta a “falta de compromisso e de palavra” do executivo municipal e lembra que isso faz mal à cidade bracarense.

Ricardo Rio, em resposta, lembrou que este é um orçamento que “gostava de não ter de apresentar”. O presidente de Câmara assumiu que muitos dos projectos que estão contemplados no documento já deveriam ter avançado no passado, daí que fosse preferível não constarem neste que é relativo a 2017.

Ricardo Rio disse ainda que “de eleitoralista o orçamento não tem nada”, frisando que este é mais um “plano de consolidação” que “dá corpo às prioridades de intervenção definidas pelo município” e que contemplam “um reforço dos níveis de transparência e escrutínio”.

Recorde-se que este é um orçamento que ascende a 101 milhões de euros. 

Daniel Silva
Daniel Silva

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