Oposição levanta questões às soluções para o Nó de Infias

As projecções para aquilo que deverão ser as alterações no Nó de Infias e na extensão parcial da Variante do Cávado levantaram algumas questões aos partidos da oposição no que toca aos potenciais efeitos que estas intervenções irão representar para a cidade de Braga.

A abrir o painel das questões esteve João Batista, da CDU, que alertou o executivo bracarense para o “acautelamento para peões” na rotunda de Infias, uma vez que a Câmara Municipal de Braga, a curto prazo, pretende implementar uma segunda via de circulação para a saída da cidade dos arcebispos. A intervenção permitirá aumentar o número de carros a entrar na cidade, de 36 para 82, e diminuir o espaço do passeio nesse local. 

O comunista deixou também uma proposta ao executivo liderado por Ricardo Rio, para que possa ainda existir uma ligação à Variante do Cávado até Vieira do Minho. Recorde-se que o alargamento parcial irá ligar a EN101 em Palmeira e a zona industrial de Adaúfe e, mais tarde, Ferreiros a Dume. Na óptica de João Batista esta é uma forma de divergir o tráfego que chegar a Braga pela A3.

Em resposta a arquitecta Filipa Corais, garantiu que a meta do projecto para o Nó de Infias visa a promoção da mobilidade sustentável, acrescentando que esta medida não vai interferir com os percursos pedonais.

Já o socialista Artur Feio, questionou o vereador com o pelouro do urbanismo sobre o impacto da ampliação de uma nova via na rotunda de Infias e desafiou a autarquia a olhar para o futuro da cidade, uma vez que na sua opinião próximo ponto negro de Braga poderá vir a ser a rotunda Santos da Cunha, com cada vez mais trânsito automóvel.

Na resposta, o vereador Miguel Bandeira explicou que neste momento já está em curso um estudo de mobilidade e trânsito a cargo de uma equipa externa que foi responsável pelo desenvolvimento do mesmo projecto para a Câmara Municipal de Guimarães.