Orçamento municipal em Guimarães aprovado no valor de 116,5 milhões

O Executivo Municipal vimaranense aprovou esta manhã a proposta das grandes opções do Plano e Orçamento, Plano Plurianual de Investimentos, Plano de Actividades e Orçamento Municipal para 2020 no valor de 116,5 milhões de euros. Em comparação com 2018, o valor do Orçamento cresce em 7 milhões de euros.

O orçamento, entre receitas correntes e de capital e as despesas correntes (relacionadas com custos com pessoal, aquisição de bens e serviços, transferências para as juntas de freguesia e outras instituições, e subsídios), vai permitir que 36,3 milhões de euros sejam canalizados para investimento. O investimento previsto será aplicado em requalificações de ruas, estradas e parques industriais do concelho, conservação de edifícios escolares e equipamentos culturais, alargamento da rede viária, e o reforço da coesão territorial, através de projectos de centralidade nas freguesias.

A votação contou com os votos a favor da maioria PS, enquanto os vereadores da coligação Juntos por Guimarães, formada pelos partidos PSD e CDS-PP, abstiveram-se. Antes da votação do plano e orçamento municipal, o vereador da oposição Bruno Fernandes justificou a abstenção por considerar que “não há uma única linha relacionada com o desenvolvimento económico”. Recorrendo ao recente exemplo do investimento da Airbus em Santo Tirso, o social-democrata criticou o executivo de Domingos Bragança de não aplicar o dinheiro público “em novos parques industriais”. O vereador referiu que o orçamento é de “gestão corrente e investe apenas na requalificação de espaços urbanos que durante anos sofreram degradação”.


Bruno Fernandes acusou também a autarquia de não ter estratégia para “os transportes públicos” e de o plano não incluir “nenhuma medida para impedir que as Águas do Norte continuem a poluir os rios do concelho”. Apesar de todas as ressalvas, a coligação partidária de direita absteve-se porque, segundo o vereador, “há investimentos positivos, de intervenção nas freguesias”.

Na resposta, Domingos Bragança assinalou que o desenvolvimento das cidades não se faz só pelo desenvolvimento industrial. O presidente da Câmara de Guimarães enfatizou que “há centros de investigação e ciência no município”, armas que fazem com que “as pessoas gostem de estar e morar” na cidade-berço. O autarca defendeu-se da acusação de o orçamento ser de “gestão corrente” ao reafirmar os investimentos públicos na rede viária e nas requalificações dos vários edifícios no centro da cidade, que recorrem “em 80%” a fundos comunitários.

O autarca minuciou ainda as verbas destinadas à cultura, cerca de 10%, como um factor distintivo em relação aos restantes municípios do país. “O desenvolvimento social e cultural é muito importante, não é só o económico que conta. O plano de orçamento promove a sustentabilidade financeira, é coerente, e procura a qualidade de vida dos vimaranenses”, rematou.

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv