“Páscoa de Artur Pastor”. Uma viagem de fé pela Semana Santa

“Páscoa de Artur Pastor” é o nome da exposição fotográfica que a Casa dos Crivos acolhe até ao dia 12 de Maio. A exposição, inaugurada esta segunda-feira é composta por 33 imagens, cedidas pelo Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa, que retratam a devoção dos bracarenses nas décadas de 1950 a 1970. Uma viagem temporal que demonstra através de fotografias a preto e branco como eram vividas as procissões da Semana Santa de Braga.

Artur Pastor captou alguns registos inéditos, como por exemplo os andores de Santa Maria Madalena, proveniente da Falperra, e da imagem de São João Evangelista, da Igreja do Carmo. Dois exemplos que já não fazem parte das procissões da semana maior de Braga. O fotógrafo acompanhou também a extinta fanfarra da Sé.


Estão agendadas visitas para os dias 23 e 30 de Abril e também para os dias 7 e 14 de Maio, às 10h00. A entrada é gratuita. Artur Pastor faleceu em 1999, em Lisboa.


“Há todo um laço familiar com Braga”, diz Artur Costa Pastor

Na inauguração da exposição na cidade dos arcebispos marcaram presença vários familiares do fotógrafo, entre eles o filho, Artur Costa Pastor. Em declarações aos jornalistas recordou os tempos em que viajava com o pai, na Páscoa, até Braga terra que, garante, “sempre o fascinou”. Para Artur Costa Pastor esta exposição simboliza “a família e a fé”.

Artur Costa Pastor confessa que o pai fotografava “todas as procissões” e “todos os anos havia coisas diferentes”. Para além de Braga, esta segunda-feira foram também inauguradas mais duas exposições nas cidades de Évora, onde o pai viveu dos dois aos 30 anos, e em Tavira, onde deu os primeiros passos na fotografia e fez a tropa.  


Mais um contributo para o património e história da “semana maior” de Braga

Para a vereadora da cultura da Câmara Municipal de Braga, Lídia Dias, este conjunto de fotografias tem como objectivo “enquadrar esta semana maior”, nomeadamente como era vivida pelos bracarenses há décadas atrás e ainda perceber “que continua a existir o mesmo fervor envolta desta celebração”. 

A vereadora destaca a “história” que tem vindo a ser escrita. Ao longo dos anos a Semana Santa tem vindo a cativar cada vez mais os “bracarenses e outras pessoas que têm de alguma forma ligações a este território”, como foi o caso de Artur Pastor. “Tivemos a sorte de ele (Artur Pastor) registar estas imagens, em Braga, e estes registos chegarem até aos dias de hoje”, sublinha a vereadora que caracteriza o espólio como “património dos bracarenses”. 

 o presidente da comissão Semana Santa de Braga, o Cónego Avelino Amorim, frisa que “todo o programa cultural, directa ou indirectamente, se preocupa com a preparação e celebração do mistério central da fé cristã: paixão, morte e ressurreição de Jesus”. O Cónego destaca que este espólio permite demonstrar que “não é de hoje a centralidade da semana santa”, que se alastra desde a cidade até ao ambiente mais rural. 

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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