Paulo Cunha defende alteração na eleição dos deputados

O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, defende que o modelo de eleição dos deputados para a Assembleia da República deve ser alterado, de modo a que as pessoas possam efectivamente escolher os deputados que querem que as representem.
À margem da inauguração da exposição “Assembleia da República: Imagens do Parlamentarismo”, que decorreu esta segunda-feira, no Museu Bernardino Machado, o autarca explicou a sua posição.
“As pessoas elegem os deputados, mas não os escolhem”
“A forma de eleição dos deputados devia evoluir, no sentido de maior aprofundamento, para que as pessoas pudessem, de facto, escolher quem são os seus deputados. As pessoas elegem os deputados, mas não escolhem os deputados. Elegem em função de listas, que são predefinidas e apresentadas, ou seja, não só não escolhem as pessoas para as listas, como não escolhem a colocação das pessoas nas listas”, apontou o autarca.
Paulo Cunha exemplificou: “Pode acontecer que as pessoas prefiram um deputado que está na posição 11 ou 12, mas vai eleger o que está na posição 1, 2 ou 3, que pode nem conhecer, nao simpatizar ou nao se rever no trabalho dele”.
O presidente da autarquia famalicense defende, assim, “uma evolução no processo legislativo por forma a que as pessoas pudessem ter uma influência maior na escolha que fazem”.
E para os que perguntam que alternativa defende então o autarca, a resposta está aqui: “Quem apresenta a lista apresenta-a, por exemplo, por ordem alfabética e, depois, cada eleitor vai dar o seu voto a uma pessoa dessa lista, ou seja, escolhe o seu deputado”.
“Essa escolha é muito mais directa e, se o fizermos estamos a proximar mais as pessoas, que me parece vital para que haja mais participação e, sobretudo, possamos combater eficazmente a abstenção”, acrescentou.
Áudio:
Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, explica a sua posição sobre a alteração na eleição dos deputados para a Assembleia da República
