Plataforma acusa CMB de “plagiar” projecto do Centro Cívico e Cultural

Luís Tarroso Gomes, um dos porta-vozes do movimento Plataforma Salvar a Fábrica Confiança, acusa a autarquia de Braga de “plagiar” o projecto Confiança – Centro Cívico e Cultural – proposto pela plataforma – ao aplicá-lo no antigo edifício da Escola Secundária Francisco Sanches.
Na passada sexta-feira em Assembleia Municipal, o presidente da Câmara de Braga assegurou que o município já tem planos para implementar um Centro Cívico, na antiga Escola, “que acolha diversas associações que possam ali fazer os seus ensaios e actividades, e que tenha também dimensões expositivas”. Luís Tarroso Gomes refere que “a câmara plagiou o projecto do Centro Cívico da Confiança, ao tentar tirar um projecto da gaveta, o da Francisco Sanches, dizendo que é um Centro Cívico e Cultural”.
O responsável do movimento que defende uma utilização cultural na antiga saboaria esteve esta segunda-feira reunido com António Barroso, adjunto de Ricardo Rio, para apresentar o documento escrito do projecto do Centro Cívico da Confiança. Do encontro, revela Tarroso Gomes, nada saiu. “O adjunto, que é uma pessoa que não decide, ficou de falar com a câmara e de trocar impressões, portanto, não adiantámos muito mais. O que continua por acontecer é uma audiência com o presidente da Câmara”, lamentou.
O responsável lembra que os elementos da Plataforma têm uma audiência agendada, esta sexta-feira, na Assembleia da República , onde “vão entregar o projecto à presidente da Comissão de Cultura”. Comissão de Cultura que visitou, no final do ano passado, as instalações da antiga saboaria sendo que neste momento decorre o processo da eventual classificação do edifício como património cultural e histórico. Para Luís Tarroso Gomes, o edifício “está na iminência de ser classificado” e afirma que “há linhas financiamento, que podem ir até ao milhão de euros, abertas até Setembro”.
“A Câmara continua sem querer encontrar soluções para a Confiança. Se a Câmara não quer fazer que deixe este grupo de 20 associações fazê-lo”, completa.
