“Política das emoções” junta 40 especialistas internacionais

Durante dois dias, terça e quarta-feira, a Universidade do Minho vai ser o epicentro da reflexão sobre o papel das emoções na política. Esta é a quarta edição dos colóquios sobre História da Filosofia Moral e Política afecto ao tema “A Política das Emoções – Reflexão Histórica e Desafios Contemporâneos”. 

Na sessão vão marcar presença mais de 40 especialistas oriundos de 15 países entre os quais Alemanha, Brasil, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido. 

A sessão tem início às 9h30, no auditório do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), no campus de Gualtar, em Braga.

Segundo Giuseppe Ballacci, um dos organizadores, este será um colóquio em que se irá falar sobre questões relacionadas com “extremismo, populismo e pouca qualidade do debate público”. Uma forma de explorar o papel histórico e normativo das emoções no campo da política. 

O objectivo passa, também, por “transmitir uma dimensão menos negativa das emoções na política através dos pensadores clássicos” como Platão. Segundo o professor, as emoções podem ser um veículo para cativar mais público para a vida política e, deste modo, difundir valores. Apesar do olhar “histórico”, os debates serão sobre temas com “relevância contemporânea”, por exemplo, o Brexit. 

O colóquio vai contar com a presença de Duncan Kelly, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que tem trabalhado no tema do juízo político. Na sessão desta terça-feira, irá apresentar o trabalho “Max Weber’s Political Thought and First Word War”. 

Já na quarta-feira, 30 de Janeiro, é a vez de Richard Bellamy do Instituto Europeu Universitário, em Itália, subir ao palco. O italiano tem vindo a trabalhar questões de cidadania da União Europeia, assim como o pensamento republicano. Na UMinho irá apresentar “Does Democracy Induce or Reduce Lying?”.

O programa integra palestras sobre a obtenção de consenso social através das emoções, o papel das emoções na deliberação política e na tomada de decisão, assim como a propaganda e a ética dos apelos emocionais.

Está também prevista uma sessão dedicada à análise dos discursos de ódio dos Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro como forma de perceber melhor o nascimento da política de extrema-direita no continente americano.

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