“Porta Nova” premeia estudantes da D. Maria II

Foi esta manhã apresentado, no exterior do Museu D. Diogo de Sousa, o projecto vencedor da iniciativa “Porta Nova”. A iniciativa “Porta Nova” é um concurso de arte promovido pelo município de Braga – no âmbito do Serviço Educativo Integrado -, com o apoio do Museu D. Diogo de Sousa, que convida os estudantes de artes visuais das escolas secundárias do concelho a reunirem a arte com o património local. Vai na sua segunda edição e este ano premiou o trabalho de Maria Jorge e David Oliveira, dois estudantes da Escola Secundária D. Maria II.

O projecto, desenvolvido há quase dois anos e com a coordenação de Alberto Vieira, (os estudantes completaram agora o primeiro ano no ensino superior), é um rectângulo desdobrado, numa estrutura em ferro de três metros, que, no interior, contempla desenhos da era romana em Braga.

Maria Jorge revelou que a ideia começou em integrar “um rectângulo, dividido em triângulos e quadrados”. A partir daí, a concepção era a de que a estrutura férrea “surgisse do chão, como se levantasse a partir do património”. “À medida que se foi desenvolvendo, pusemos a peça na vertical e reformulámos alguns dos desenhos”, completou.

Os desenhos, explicou depois o jovem David Oliveira, “são obras e peças romanas, expostas dentro do Museu D. Diogo de Sousa”. “Quisemos mostrar a evolução e o crescimento da cidade; a peça também mostra o futuro, daquilo que a cidade pode crescer em termos de Cultura sem perder as suas raízes”, pormenorizou.

A relação entre o património e a contemporaneidade é um dos principais objectivos da “Porta Nova”. Lídia Dias, vereadora da Cultura em Braga, lembrou que a iniciativa vai já na segunda edição, após “a intervenção no arco da Porta Nova”. “Este ano colocámos esta peça aqui [no exterior do Museu D. Diogo de Sousa], e permitimos aos alunos olharem o património, podendo reinterpretá-lo”, referiu, acrescentando que os projectos apresentados são baseados em elementos da arquitectura e acervo bracarense.

O Museu D. Diogo Sousa foi a instituição central da segunda edição da iniciativa, ao oferecer aos alunos a hipótese de vasculharem o acervo, além de garantir um espaço para a colocação da peça no exterior do museu. A directora do Museu, Isabel Silva, sublinhou ser “interessante” ter no espaço “uma visão moderna e actual do património e das pessoas relativamente às suas raízes”. “Essa projecção do passado no presente e no futuro dá a função social à arte e dá ao património uma dimensão de ser um agente promotor de encontros e do legado comum”, referiu, completando que, para o museu, “é gratificante ter a obra de arte” exposta.

Pedro Magalhães
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