“Portugal foi o país que mais cresceu no índice de inovação europeia”

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital destaca os progressos que a região Norte tem feito no capítulo da inovação. No 2.º Fórum Económico Famalicão Made IN, que decorreu esta terça-feira na Casa das Artes, Pedro Siza Vieira sublinhou também que Portugal foi “o país que mais cresceu nos últimos anos no índice de inovação europeia”.
Além da região Norte, que, segundo o governante foi a que “mais progrediu”, a região Centro e Lisboa estão classificadas como ‘fortemente inovadoras’ pelo Regional Innovation Scoreboard. Portugal conta desde Julho com a presença de três regiões neste painel de avaliação da Comissão Europeia que compara o desempenho dos sistemas de inovação em 238 regiões europeias de 23 estados-membros da União Europeia, assim como da Noruega, da Sérvia e da Suíça.
Comparando com outros países, Pedro Siza Vieira refere que “não há uma região que seja considerada fortemente inovadora em Espanha” e que em Itália isso “só acontece no Norte”. “Estes dados mostram a pujança da nossa economia”, analisa o ministro.
O Governo tomou posse no sábado. Para esta legislatura, Pedro Siza Vieira ganhou mais protagonismo na equipa liderada por António Costa, juntando à pasta da Economia, que já possuía, a da Transição Energética, tornando-se também ministro de Estado.
Segundo Pedro Siza Vieira, um dos objectivos do Executivo para os próximos anos na área da inovação é “ajustar e condicionar o acesso ao financiamento no Ensino Superior àquilo que são as necessidades específicas de formação das pessoas”.
Acrescenta que a intenção passa por apoiar “a investigação, o desenvolvimento e as infraestruturas de interface tecnológica para apoiar a transferência de conhecimento para as empresas”. “Criar uma fiscalidade mais atrativa do ponto de vista do apoio ao investimento, orientando os fundos europeus para os factores críticos de melhoramento da produtividade”, é outras da medidas elencadas por Pedro Siza Vieira.
Município de Famalicão pretende “contribuir de forma decisiva” para o sector da inovação em Portugal
O ministro defende, no espaço de uma década, “uma sociedade assente no conhecimento e na inovação”, em que o crescimento da produtividade tenha por base “a qualificação das pessoas”. “Pretendemos uma sociedade mais inclusiva que oferece a todos as possibilidades de terem as competências para participar nas oportunidades criadas pelas novas tecnologias digitais e uma economia aberta ao exterior, em que o Estado apoie o processo de internacionalização das empresas e de modernização da sua estrutura produtiva”, complementa.
A seguir a Lisboa e a Palmela, Famalicão é o terceiro concelho mais exportador do país, alavancado nos últimos cinco anos pelo Made IN, iniciativa que tem como objectivo potenciar o desenvolvimento das empresas da cidade.
Ricardo Mendes, vice-presidente da Câmara Municipal, enaltece a “qualidade” da indústria famalicense, capaz, no seu entender, de “criar um clima propício ao investimento, que permita às pessoas ousarem e saírem da zona de conforto”.
“Com esta atitude, julgo que mais uma vez este território dará um sinal de resiliência e de empenho e irá contribuir seguramente de forma decisiva para um Portugal moderno e muito competitivo no capítulo da indústria de transformação”, perspectiva.
