Portugal quer duplicar fundos europeus para investigação

“É necessário envolver Portugal na questão das baterias a nível europeu”. Foi desta forma que Manuel Heitor encerrou o Battery Summit 2030. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior marcou presença a propósito da cimeira que decorreu durante, esta sexta-feira, no INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia.
Aos jornalistas, Manuel Heitor explicou que, na questão das baterias, é “crítico” que os desafios e as oportunidades sejam “enormes” numa escala europeia. “Naturalmente, que isto não é uma novidade para Portugal, mas nesta área, que é um desafio muito complexo, só faz sentido o desenvolvimento de toda a cadeia de valor. Por isso, tudo tem de ser feito a uma escala europeia e é necessário que todos os parceiros europeus estejam envolvidos na questão das baterias”, indicou.
A área das baterias vai ser “uma das mais importantes” a nível europeu
Até ao final de 2020, vão ser arrecadados cerca de mil milhões de euros de fundos europeus para a investigação. No entanto, o ministro revelou que está a ser “elaborada uma estratégia” para duplicar a partipação portuguesa a nível europeu. O objectivo passa por atrair cerca de dois mil milhões de euros, até 2027, dos programas de investigação europeus, como por exemplo, Horizonte Europa, o Programa do Espaço, o Programa da Defesa, o Programa Digital Europa. Para Menuel Heitor, a área das baterias vai ser “uma das mais importantes” a nível europeu.
Segundo o ministro, o investimento no conhecimento, para tomar decisões com base no desenvolvimento tecnológico, e a preservação do ambiente são o futuro que a Europa deve tomar nesta área da energia, de forma a ganhar vantagem em relação às políticas asiáticas e norte americanas, que não estão a seguir estas escolhas e a participação em contexto europeu é uma forma de “diferenciar” o nosso país.
Áudio:
Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no encerramento do Battery Summit 2030.
