Prémio DST “é o reconhecimento de uma grande escritora”

O comentador de literatura da RUM António Ferreira considera justa a atribuição do Grande Prémio de Literatura DST a Lídia Jorge. A escritora natural de Loulé venceu, aos 72 anos, a XXIV edição do prémio com o romance “Estuário”. António Ferreira considera que a distinção é justa e premeia uma vasta carreira.
“O prémio é justo, bem atribuído, que coroa uma carreira que já vem desde o início dos anos 80. É o reconhecimento de uma grande escritora”.
Lídia Jorge venceu o prémio com o livro “Estuário”. Segundo António Ferreira “é um romance muito importante no conjunto da obra” da escritora e reflecte “a maturidade, quer de escrita, quer daquilo que é a relação que a Lídia estabelece com a obra de outros autores”.
Em comunicado, a DST esclarece que o júri, composto pelos escritores Vítor Aguiar e Silva, José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa, escolheu o romance de Lídia Jorge “pela elevada qualidade da sua escrita, absorvendo e reelaborando fragmentos de um quotidiano mutacional, com fortes sequências efabulatórias e personagens com notória densidade social e psicológica”.
Lídia Jorge, nascida em Boliqueime, no distrito de Faro, é ainda autora dos romances “O Cais das Merendas” e “Notícia da Cidade Silvestre”, distinguidos com o Prémio Cidade de Lisboa, e “O Vento Assobiando nas Gruas” que conquistou o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2002.
O Grande Prémio da Literatura é um concurso nacional, promovido pelo grupo DST há quase 25 anos, que distingue, rotativamente, livros de prosa e poesia publicados nos dois anos anteriores. O prémio, no valor de 15 mil euros, será entregue a Lídia Jorge no dia 28 de junho, no Theatro Circo, no âmbito da inauguração da Feira do Livro de Braga.
Áudio:
Comentário de António Ferreira ao prémio atribuído a Lídia Jorge
