É Apenas Fumaça
Sábado, 11H-12H
com Vários Autores
Um projecto de media independente, onde se fala sobre a sociedade com quem quer falar sobre ela. Dar voz a quem não a tem e escrutinar os assuntos aos quais não é dado espaço pelos media tradicionais.
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A autonomia regional tem quatro décadas, mas a história não começou com a Constituição de 1976. Há 200 anos que, pela Madeira, correm as ideias de autonomia, da construção de um poder insular capaz de defender os interesses regionais em Lisboa. A luta seguiu as influências de cada momento, reproduziu a conjuntura internacional favorável aos nacionalismos e ganhou a forma de movimento independentista nas crises do Estado português. A última vez que se discutiu a independência foi durante o PREC e envolveu atentados à bomba e um movimento de libertação: a FLAMA.
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30 anos depois do derrube do muro de Berlim, ao vivo em Lisboa, António Araújo, jurista e historiador, e Sandra Dias Fernandes, cientista política, especialista em relações internacionais, discutiram o início e fim do muro a que os soviéticos chamaram a ‘barreira de protecção antifascista’.
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Glenn Greenwald é o jornalista que deu a conhecer Edward Snowden, responsável por revelar o escândalo de vigilância global ilegal dos serviços secretos norte-americanos. Por causa desse trabalho, ele e a equipa do The Guardian USA venceram um Prémio Pulitzer. Co-fundador do The Intercept, foi um dos responsáveis pela série de reportagens que passariam a ser conhecidas como “Vaza Jato”, em referência à mega-operação Lava Jato, que investigou e prendeu dezenas de políticos e empresários poderosos. Na investigação, feita a partir de transcrições de conversas entre Sergio Moro, juiz responsável por várias condenações na Lava Jato (incluindo a de Lula da Silva), e vários membros do Ministério Público Federal (MPF) brasileiro, entre eles Deltan Dallagnol, que comanda a investigação em Curitiba, revela-se que Moro e o MPF trabalhavam juntos, delineando estratégias para condenação dos seus “alvos”. A partir desse momento, Glenn tem sido atacado e ameaçado recorrentemente, até pelo presidente Jair Bolsonaro, que sugeriu que ele pudesse ser preso. Nesta entrevista, fala sobre a Vaza Jato, jornalismo independente e o papel de whistleblowers na sociedade.
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A minoria étnico-religiosa Yazidi é pouco conhecida e pouco falada. No verão de 2014, com a guerra na Síria e a instabilidade no Iraque, uma brutal perseguição por parte dos fundamentalistas do Daesh culminou num genocídio. Para o auto-proclamado Estado Islâmico, a cultura e modos de viver dos Yazidi não eram dignos e, por isso, deviam ser eliminados. Cerca de 5000 pessoas foram mortas. Mais de 6000 mulheres e crianças foram raptadas, torturadas, escravizadas, violadas. Que povo é este? O que lhe aconteceu? Quem o ajudou?
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Em 2017, o governo de António Costa pediu a uma comissão técnica para avaliar a implementação do Plano Nacional de Saúde Mental – estagnado por seis anos depois da intervenção da troika – e projectar propostas prioritárias até 2020. No ano passado, quando assumiu a direção do Programa Nacional de Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde, Miguel Xavier relançou o plano e, desde então, repete um alerta: as metas desenhadas para 2016, estendidas até o próximo ano, terão que levar um novo esticão. “Estou convencido de que em seis anos se pode implementar o plano. Não é até 2020”, afirma. Mas, no final, o que o fará mexer é o investimento e vontade política: “O Plano de Saúde Mental precisa de ter apoio político. Não basta dizer que é prioritário, é preciso que tenha uma tradução financeira.”
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Nas eleições legislativas de 1975, foram eleitas 19 mulheres e 231 homens (7,6% contra 92,4%). Mas, desde essa altura, muito mudou no que toca à representação parlamentar. No passado 6 de outubro, foi eleito o Parlamento com o maior número de mulheres de sempre – 86 contra 144 – uma percentagem acima da média europeia.
Mas fará desta a Assembleia da República mais feminista? Ao vivo no Trampolim Gerador, conversámos sobre as diferentes “vagas” do movimento feminista, de feminismo interseccional, de feminismo negro e do que falta fazer em Portugal. Como convidadas, tivemos Alexa Santos, assistente social, mestre em estudos de género, sexualidade e teoria queer pela Universidade de Leeds e directora do Departamento de Género e Feminismos do INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal; e Manuela Tavares, fundadora e membro da direção da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e doutorada em Estudos sobre as Mulheres pela Universidade Aberta.
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Manuel Margarido Tão, especialista em transportes e planeamento regional, não acredita nas intenções dos governantes para a ferrovia nacional: “Houve, deliberadamente, uma vontade de distorcer a mobilidade e focalizá-la no transporte rodoviário para que depois essa mobilidade ficasse cativa de grupos económicos apoiados pelo Poder e pelas direções dos partidos políticos”, acusa. Defende a construção de uma nova Linha do Norte, critica o abandono do projeto de alta velocidade pelos sucessivos governos e acha uma “aberração” a ponte aérea Lisboa-Porto, bem como a falta de ligações de caminhos-de-ferro a Espanha. Para o professor da Universidade do Algarve, só o investimento estrangeiro, com a entrada de operadores europeus, fruto da liberalização do transporte ferroviário de passageiros, poderá salvar a ferrovia em Portugal.
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Rosário Macário é doutorada em Sistemas de Transportes no Instituto Superior Técnico, professora e coordenadora do Mestrado em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes no mesmo instituto e administradora não executiva da consultora TIS – Transportes, Inovação e Sistemas. Nesta entrevista, fala sobre mobilidade nos centros urbanos; o uso do carro privado em detrimento de transportes colectivos ou partilhados; a descentralização da gestão dos transportes, que não foi acompanhada pela contratação de técnicos competentes; a redução do preço dos passes únicos que, diz, foi calendarizada para acontecer perto das eleições; e, ainda, o papel da iniciativa privada nos transportes colectivos.
