Projecto Educativo Local reflete ambição e inclusão

Promover a inclusão, articulação, democratização, sustentabilidade e cooperação em rede entre os 12 agrupamentos de escolas do concelho de Braga são os objectivos estratégicos do primeiro Projecto Educativo Local (PEL) da cidade dos arcebispos. O documento, que foi elaborado em parceria com o Instituto de Educação da Universidade do Minho, foi apresentado esta terça-feira, no Museu dos Biscainhos, onde marcaram presença vários representantes das escolas.

Em declarações aos jornalistas, a vereadora da Educação da autarquia bracarense explicou que o objectivo passa por “conciliar” a informação que é leccionada dentro da sala de aula com serviços que a cidade tem para oferecer à comunidade. De acordo com Lídia Dias existem cada vez mais estudos que apontam para as mais valias dos estudantes aprenderem “dentro de museus e centros interpretativos”, uma vez que estão em contacto com peças de época e não apenas com livros.

Neste momento o concelho de Braga conseguiu a classificação de “muito bom” em 53,8% das avaliações no âmbito contratual do campo educativo. 

A vereadora sublinha que o município tem vindo a investir no “serviço educativo integrado” através de iniciativas como o “Braga em Risco, Braga Barroca e Braga Romana”. Lídia Dias destaca, também, que o projecto será uma forma de directamente, e com conhecimento científico, auscultar as reais necessidades dos agrupamentos que têm dinâmicas muito distintas. A vereadora avança que no caso do Agrupamento de Escolas de Mosteiro e Cávado será preciso um maior apoio por parte da autarquia “ao nível da música e artes” devido ao lançamento do ensino articulado.

O PEL é da autoria da equipa científica constituída por Leonor Torres e Fernanda Martins, que contou com a participação de dois consultores, José Augusto Pacheco, do Instituto de Educação da Universidade do Minho, e Jorge Martins, da Universidade Lusófona do Porto.

Projecto Educativo Local “é o reflexo de uma cidade com alma”, Ricardo Rio. 

Ambição foi a palavra de ordem no discurso do presidente da Câmara Municipal de Braga que realçou a componente competitiva da cidade dos arcebispos. Ricardo Rio declarou que o projecto “é o reflexo de uma cidade com alma, com elevadíssimas ambições para o futuro, que quer ser cosmopolita”, mas também “rica do ponto de vista económico e cultural”. 

Perante uma plateia de professores, funcionários e alguns alunos, o edil caracterizou o projecto como “a pele de um corpo” formado por toda a comunidade educativa que está “comprometida na construção de uma cidade educadora e que gosta de estar sempre entre os melhores”. 

O presidente deu nota que a cidade pode olhar com optimismo para o crescimento da população em Braga. Durante este ano já chegaram mais 100 estudantes às escolas do concelho provenientes de famílias estrangeiras.

Projecto é ferramenta imprescindível para a educação em Braga

Para a vice-reitora para a Educação da UMinho, Laurinda Leite, este documento elaborado entre o Instituto de Educação e a autarquia bracarense é uma “ferramenta imprescindível” para alcançar uma maior inclusão. A vice-reitora avançou que o documento “promove o sucesso educativo, mas coloca a qualidade da formação em primeiro plano. Não esquece a cultura e ao mesmo tempo dá destaque à educação ao longo da vida, principalmente, nas áreas das tecnologias”. 

Já o presidente do Instituto de Educação, José Pacheco, acredita que o projecto vem “equilibrar a balança para uma escola pública” competitiva e com cada vez melhores resultados.