Prometidos coletes amarelos no Nó de Infias

O ministro da Administração Interna espera que sejam respeitadas as regras de direito à manifestação durante os protestos dos coletes amarelos previstos para a próxima sexta-feira em várias cidades portuguesas.
Eduardo Cabrita lembra que em Portugal se respeitam as regras. Esta sexta-feira, o governante desvalorizou a acção anunciada para o nosso país, referindo apenas que confia que “a boa tradição portuguesa se mantenha, liberdade de manifestação e respeito pela afirmação dos princípios fundamentais do Estado de direito.
Braga é uma das cidades em que se anuncia um dos protestos. O Nó de Infias, uma zona crítica da cidade no que ao trânsito automóvel respeita terá sido o local escolhido, segundo algumas indicações deixadas na rede social Facebook.
A página conta com perto de 5 mil seguidores. A última publicação surgiu ao início da tarde desta terça-feira. Na Coletes Amarelos Portugal pode ler-se o seguinte: “Cada vez há mais boatos de nossa associação à extrema direita.
É a mais pura mentira de quem nos quer destruir e desacreditar.
Quem vier com intenção de causar distúrbios será imediatamente imobilizado e entregue às autoridades competentes. Fica o aviso feito, somos cidadãos cumpridores da lei e não uns quaisquer facínoras”.
Entre as reivindicações do movimento presente nas redes sociais constam as 35 horas para todos os trabalhadores, redução de impostos, tectos de ordenados, fim das subvenções ou saúde igual.
Tratam-se de protestos inspirados no movimento francês que protesta contra o elevado custo de vida.
PSP apela à moderação e respeito pela Lei
No seguimento da realização de manifestações, desfiles ou outras acções de protesto na via pública divulgadas sob o tema “Vamos parar Portugal como forma de protesto”, a Polícia de Segurança Pública – PSP, divulgou um comunicado que sublinha que ”todos os cidadãos que decidam exercer o seu direito de manifestação, que o façam de forma pacífica e em respeito pela Lei.”
As manifestações a decorrer no próximo dia 21 de Dezembro, em vários pontos de país, serão monitorizadas pela PSP e será adotado um dispositivo de segurança adequado a cada uma das ações que venham a decorrer de forma a que o direito de manifestação seja exercido de forma livre e segura.
No comunicado, as autoridades policiais informam que os grupos ou ”cidadãos que pretendam realizar reuniões, comícios, manifestações ou desfiles em lugares públicos (…) devem comunicar essa intenção, por escrito e com a antecedência mínima de dois dias úteis”, para que ”se possa realizar [uma] reunião prévia com as autoridades policiais locais, de forma a que o direito de manifestação seja exercido de forma livre e segura”, explica a nota.
