Provedora do estudante de “portas abertas” em todos os campi da UMinho

Rosa Vasconcelos garante que vai estar de “portas abertas” para receber os quase 20 mil estudantes da Universidade do Minho. A nova provedora do estudante, que tomou posse esta segunda-feira no Museu Nogueira da Silva, já tem uma estratégia delineada para promover uma maior proximidade junto dos alunos. Rosa Vasconcelos estará três vezes por semana no campus de Gualtar, duas vezes em Azurém e uma vez por mês em Couros e nos Congregados.
Quanto aos desafios para os próximos quatro anos estes já foram identificados: falta de informação, burocracia e inclusão social. Rosa Vasconcelos frisa que é essencial “melhorar procedimentos”, nomeadamente junto de estudantes que chegam de outras instituições.
“Cada uma das instituições tem as suas regras, não é que elas não sejam públicas mas temos de encontrar formas de chegarem até aos estudantes de todos os ciclos”, explica. Recorde-se que muitos problemas surgem no segundo e terceiro ciclo.
A nova provedora assegura que para fazer um bom trabalho irá necessitar da ajuda, por exemplo, dos núcleos de estudantes com quem já tem trabalhado ao longo dos anos. “É uma forma fácil de transmitir informação a toda a comunidade”, assegura.
O cargo de provedor do estudante já foi ocupado pelos professores António Paisana (2010-2014) e Paula Cristina Martins (2015-2019).
“Tivemos muita sorte e felicidade em encontrar a professora Rosa”, Nuno Reis.
Rosa Vasconcelos foi o nome apontado pelos estudantes para suceder a Paula Cristina Martins. O nome foi aprovado por unanimidade na última reunião do Conselho Geral da UMinho. Para o representante dos estudantes da UMinho no Conselho Geral, a professora Rosa Vasconcelos reunia as qualidades necessárias para ocupar o cargo. “Proximidade, solidariedade, conhecimento de causa e mediação de conflitos” foram as características chave.
Nuno Reis sublinha que a nova provedora terá uma tarefa árdua, tendo em conta que esta é, na sua opinião, uma das “gerações mais isoladas”. O que contribui para um afastamento grande da comunidade académica.
“Qualidades não lhe faltam”, Luís Oliveira Valente.
O presidente do Conselho Geral, não tem dúvidas que a professora Rosa Vasconcelos tem todas as capacidades e qualidades necessárias para fazer frente a este novo desafio.
Luís Oliveira Valente acrescenta que há sempre espaço para melhorar. Quer seja em termos do ensino como da investigação, práticas administrativas, desportivas, em suma, tudo pode ser melhorado. “A Universidade tem de ser reformista se não cristaliza e isso é meio caminho andado para a morte”, declara.
Já o reitor da instituição de ensino superior minhota destacou o facto da comunidade académica estar cada vez mais “vasta e complexa”.
Rui Vieira de Castro trouxe para discussão a problemática das praxes, uma vez que pontualmente são referidos casos nos relatórios da provedora do estudante. “Não podemos fechar os olhos a esta realidade. É necessária uma intervenção pedagógica que acabe por minorar efeitos que são lesivos para as pessoas que são vítimas dessas práticas e acabam, também, por afectar a imagem da universidade”, adianta o reitor.
