Providência Cautelar quer “travar” obras no Parque Camões

Os inquilinos de alguns ateliês na zona da Caldeiroa querem travar o avanço da obra do Parque de Camões, em Guimarães. A construção do parque de estacionamento, no centro da cidade, arrancou esta semana. Ainda assim, alguns inquilinos que trabalham num dos prédios do quarteirão habitacional da Caldeiroa interpuseram uma providência cautelar.

O objectivo é que lhes seja “reconhecido o direito ao arrendamento e assim parar as obras”. À LUSA, o advogado dos artistas, Diogo Ribeiro, defendeu que os artistas deviam ter sido “ouvidos e tidos em conta” no processo de expropriação do edifício, pelo que querem que esse direito lhes seja reconhecido pelo tribunal.


Já o adjunto do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Miguel Oliveira, afirmou à RUM que a autarquia ainda não foi notificada da referida acção e, só depois disso se poderá pronunciar.

O parque, considerado de “estratégico” pela autarquia, vai ficar num quarteirão habitacional correspondente às ruas de Camões, da Caldeiroa e da Liberdade, albergando cerca de 400 lugares de estacionamento e terá um custo de cerca de 5.5 milhões de euros, mais IVA.

À LUSA, o advogado referiu ainda que face à providência cautelar interposta “a câmara devia ter uma atitude sensata e suspender as obras pelo menos naquele pavilhão”. Segundo Diogo Ribeiro, “apesar da informação que o proprietário deu de que não havia inquilinos, a autarquia sabe, desde pelo menos abril,” que há arrendatários.

“Nós [os artistas] não somos nenhuns ocupas, demos conhecimento à autarquia de depósitos bancários, recibos de água e luz, a vizinhança reconhece-nos como arrendatários”, afirmou.

A RUM tentou contactar o advogado Diogo Ribeiro, sem sucesso até ao momento.

c/LUSA

Mafalda Oliveira
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