Providência cautelar trava venda da Confiança

[Em actualização] O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga aceitou a providência cautelar interposta por um grupo de seis cidadãos, que integram a Plataforma Salvar a Fábrica Confiança, para travar a alienação do imóvel. 

Desta forma, fica suspenso o processo de alienação do edifício que a Câmara Municipal de Braga tinha agendado para 20 de Novembro, por um preço base de 3,8 milhões de euros.

Em declarações à RUM, Cláudia Sil, da Plataforma Salvar a Fábrica Confiança, admite que esta notícia é “agradável” e “desagradável” ao mesmo tempo. “É agradável porque permite continuarmos a lutar e é desagradável porque preferíamos a via do diálogo com a Câmara Municipal de Braga”, confessa.

O município de Braga tem agora dez dias para responder e contestar, ainda assim, esta hasta pública “não vai acontecer”, uma vez que estava já agendada para terça-feira da próxima semana-

A Plataforma promete que vai “continuar a lutar” e “não vai desistir”. Para esta quarta-feira à tarde está já agendada uma conferência de imprensa onde a plataforma pretende explicar de forma pormenorizada os cinco pontos da providência cautelar.

Ricardo Rio lembra que se trata apenas de uma validação “tal como acontece com todas as providências cautelares”

Em declarações à RUM, o presidente do Município de Braga explicou que a câmara ainda não recebeu a referida notificação. Ricardo Rio lembra que a decisão do Tribunal “não é nenhum juízo de mérito, apenas uma validação pelo cumprimento dos requisitos formais, como acontece com todas as providências cautelares”.

A autarquia “vai contestar os argumentos vertidos na notificação e aguardará o tempo necessário para concretizar aquilo que irá fazer, que é alienar a Fábrica Confiança”. 

Questionado pela RUM sobre eventuais riscos de desistências de potenciais interessados em adquirir a Fábrica Confiança na hasta pública que estava agendada para a próxima terça-feira, Ricardo Rio disse não acreditar nessa possibilidade. “Julgo que os potenciais interessados não deixarão de estar interessados com o atraso de algum tempo, caso ele se venha a concretizar”, acrescentou.