PS estranha baixas e pedidos de transferência na PM

A Polícia Municipal de Braga continua “debaixo de fogo”. Quem o denuncia são os vereadores socialistas que esta segunda-feira voltaram a recordar a falta de liderança no corpo municipal, dando nota de um conjunto de denúncias anónimas que chegaram por e-mail nos últimos dias. 

Baixas médicas, pedidos de transferência e número escasso de recursos voltaram à baila. 

A conversa não agradou ao vice-presidente Firmino Marques, vereador com o pelouro da Protecção Civil que tutela directamente a Polícia Municipal de Braga. Firmino começou a resposta perguntado aos socialistas o que era a Polícia Municipal de Braga antes da coligação Juntos por Braga chegar à gestão da autarquia. Um recuo no tempo contestado no imediato pelos vereadores do PS que relembraram Firmino Marques que já passaram seis anos desde que o PS abandonou a liderança de Braga.

“São pedidos de mobilidade em cima de pedidos de mobilidade, há processos nos tribunais comuns de colegas contra colegas, o ambiente é péssimo, não há uma cadeia de comando clara”, começou por denunciar Artur Feio. Os vereadores socialistas voltaram a perguntar pelo comando da Polícia Municipal, denunciando que nos moldes actuais, com a existência de dois agentes graduados destacados sem concurso, os subordinados “não reconhecem as chefias”, e “as chefias não revelam capacidades humanas” para o fazer. “Portanto, o que vemos é um desnorte absoluto na Polícia Municipal”, afirmou o vereador socialista.

Por seu turno, o vereador da CDU voltou a acusar o município de não investir na Polícia Municipal nos últimos anos dizendo que não passou de “novas fardas e autocolantes nas viaturas”. Carlos Almeida diz que com poucos operacionais a fazer o serviço de muitos “não é de estranhar que há desgaste, desmotivação e pedidos de mobilidade”. “Era bom que o município tivesse outro tipo de investimento. Por diversas vezes, no âmbito da discussão do orçamento e plano de actividades no município, temos denunciado sistematicamente o pouco investimento na Polícia Municipal”, lembrou.


“Há mobilidades que se agradecem” – Ricardo Rio

As acusações dos socialistas são refutadas pelo presidente da autarquia, Ricardo Rio, que ainda assim, no decorrer da reunião de câmara admitiu que “há mobilidades que se agradecem”, mas que “não há problema nenhum na cadeia de comando”.

Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o autarca explicou que “em todas as organizações há bons e maus profissionais, situações que contribuem para melhorar o ambiente de trabalho e o desempenho de organizações”, mas que “há pedidos de mobilidade que são perfeitamente legítimos e fazem parte das expectativas de progressão na carreira e de enquadramento profissional”.

Ricardo Rio reconheceu também que “o nível de responsabilidades que tem recaído na Polícia Municipal no apoio a várias actividades municipais e não só tem vindo a crescer, o que cria alguma pressão acrescida sobre a disponibilidade de recursos”, referindo-se, por exemplo, ao acompanhamento de obras na via pública.


O autarca disse ainda que a Polícia Municipal “não está pior do que há cinco anos”, apesar de necessitar de mais recursos humanos. Sobre o terceiro turno de quinze elementos, ainda a aguardar por “formação” que é da “responsabilidade do governo central”, Rio explicou que a autarquia continua a “aguardar pela aprovação do Estado”.


Quanto à fiscalização do estacionamento à superfície, Ricardo Rio reafirmou a possibilidade de transferir essa responsabilidade para a empresa de Transportes Urbanos de Braga.

Áudio:

Assunto denunciado pelo vereador do PS foi desmentido e desvalorizado por Ricardo Rio. Carlos Almeida insiste que o município não investe na estrutura

Elsa Moura
Elsa Moura

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