PS Famalicão critica autarquia por “disparar o valor da despesa corrente”

Os votos contra dos três vereadores socialistas foram insuficientes para rejeitar o plano de actividades e orçamento municipal para 2020 da autarquia de Famalicão. O valor de 111 milhões de euros foi aprovado esta segunda feira pela maioria PSD/CDS, em reunião de executivo extraordinária, realizada à porta fechada.

A parcela do orçamento que gerou mais críticas por parte dos socialistas foi a da despesa com funcionários, que vai crescer 11,6% em relação a este ano. Dentro desse valor, em declarações à RUM, Rui Faria, presidente da concelhia de Famalicão, destacou o aumento “muito significativo” da “despesa corrente”, em que se prevê uma subida de 10,4%, mais 7,7 milhões de euros face a 2019.

Aprofundando ainda mais esse ponto do orçamento, considera também um exagero o dinheiro que vai ser gasto exclusivamente com funcionários que trabalham em escolas. “Se há despesa que merece concordância, é a dos assistentes operacionais e dos assistentes técnicos alocados às escolas. Contudo, não podemos deixar de dizer que um aumento de 11,5 milhões em seis anos está longe de se justificar. No espaço de um ano, a previsão aumenta quatro milhões”, acrescenta, 

O presidente da concelhia do PS de Famalicão refere ainda que o orçamento não tem em atenção os diferentes fenómenos que estão a acontecer na sociedade, dando como exemplos o Brexit e a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos da América. “Se a câmara continua a disparar a despesa corrente, não sei se num cenário de crise terá sustentabilidade para manter esta máquina”, duvida.



“Já nos sentamos à mesa dos grandes concelhos do ponto de vista da captação de fundos”

Comparando com 2019, o valor total do orçamento aumentou 13 milhões de euros. Segundo o autarca Paula Cunha, que analisou o documento aprovado à saída da reunião, esse aumento “tem a ver essencialmente com fundos comunitários”.


Vão entrar nos cofres do municipio 11 milhões provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do Plano de Ação para a Regeneração Urbana. Nesta alínea incluem-se as obras para edificar um renovado mercado municipal e um novo espaço cultural, em Riba d’Ave.


“Conseguimos uma fatia de fundos comunitários considerável. É o sinal da pujança do concelho de Famalicão. Já nos sentamos à mesa dos grandes concelhos do ponto de vista da captação de fundos, o que não acontecia no passado”, considera.


Ao nível da educação, o plano de actividades do próximo ano contempla a realização de cerca de uma centena de projetos e acções, com um valor de 15,5 milhões de euros destinado para o sector. Este capítulo abrange, por exemplo, o desenvolvimento do Centro de Investigação, Inovação e Ensino Superior, localizado em Vale S. Cosme, nas instalações da antiga escola Didáxis.



Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

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