PSD quer uma “Europa solidária, sustentável e segura”

Uma Europa “solidária, sustentável e segura”. É com estes três eixos que o PSD parte para a corrida ao Parlamento Europeu.

Na apresentação do manifesto eleitoral, que decorreu no final da tarde desta terça-feira, num Altice FORUM Braga lotado, Rui Rio, líder do PSD, anunciou a economia, a natalidade e a protecção civil como prioridades para os próximos cinco anos no Parlamento Europeu. O social democrata quer ainda “combater a burocracia na Europa, principalmente no apoio às Pequenas e Médias Empresas, e apostar na defesa dos consumidores”.

Economia, natalidade e protecção civil no manifesto do PSD

Entre os 22 objectivos traçados no programa, o cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, salientou a criação de um Plano Europeu de Luta Contra o Cancro, no âmbito do Partido Popular Europeu, que aloque “fundos para fazer a ligação do conhecimento teórico ao tratamento clínico e fazer da Europa a potência mais avançada na luta contra o cancro”. Este investimento, defendeu, vai permitir “aumentar o tratamento do cancro e reduzir imenso a mortalidade”. Ao nível social, o partido de direita define ainda uma “estratégia europeia para natalidade, desenvolvendo políticas que vão mexer na segurança social, na rede de infraestruturas, como creches, estatuto dos cuidadores, licenças parentais ou subsídios de apoio às famílias”.

O PSD propõe ainda o Estatuto dos Cuidadores Informais com o objectivo de que haja “um mínimo social” destinado a estes cuidadores, para que “quando estiverem doentes ou na reforma tenham direito à segurança social”.

A agricultura e o mar não são esquecidos pelos sociais democratas, que apostam também no caminho para uma Europa sustentável ao nível ambiental.

“No caso da agricultura, fazemos dela uma prioridade e queremos que se possa aumentar a remuneração dos agricultores e a autossuficiência alimentar”, apontou Rangel, que quer colocar a “floresta e o mar como prioridades europeias”.

O cabeça de lista do PSD mencionou ainda o investimento necessário na ferrovia nacional, que desejam que sirva de ponte entre os portos portugueses e a Europa.

A criação de uma força europeia de protecção civil é outro dos pontos presentes no manifesto, na sequência das alterações climáticas. Ao nível da defesa, Paulo Rangel defendeu duas condições para Portugal cooperar “o mais possível mas cuidadosamente”: “Só de forma articulada com a NATO e que o Reino Unido, se estiver fora da UE, tenha uma parceria com este esquema de defesa próprio”. No entanto, o PSD mostra-se contra a ideia de um exército único na UE”.

“Queremos fronteiras seguras, uma emigração controlada e que os refugiados sejam recebidos com níveis de dignidade que não existem hoje na União Europeia”, acrescentou.

Paulo Rangel fala de um manifesto demonstrativo de um “europeísmo convicto, de realismo, pragmatismo e da defesa do interesse português”, com políticas que promovem “confiança, estabilidade, que reforçam as expectativas, a segurança e a credibilidade”.

Paulo Rangel, alinhado com Rui Rio, afirma que PSD não “faz ligações” com os partidos que considera de extrema-esquerda ou de extrema-direita e tem um olhar “crítico, exigente, pragmático e realista” sobre a Europa, deixando críticas à postura socialista. 

Para o PSD, as prioridades de Portugal, quando assumir a presidência da UE em 2021, têm de ser “o mar e África”, devendo a Europa apostar nas potencialidades de África e até desenhar uma espécie de Plano Marshall para ajudar a economia do continente.


Rui Rio confiante num “muito bom resultado”

José Manuel Fernandes, candidato às europeias, evidenciou ainda “a proposta para 2021-2027 que são 14 milhões de euros por dia para Portugal”. “A proximidade é um valor que defendemos e queremos manter o compromisso pela nossa terra, que é por ela que trabalhamos”, acrescentou.

O numero três da lista do PSD mencionou ainda que a lista do partido “representa o território, com equilíbrio geográfico, de gerações e de saberes”.

Rui Rio defendeu que o voto no PSD é um “voto de defesa da Europa”, por se tratar de um “partido moderado” e espera um resultado “muito bom” a 26 de Maio.

Em 2014, em coligação com o CDS, o PSD conquistou 27,7% dos votos e levou seis deputados para o palco europeu. Este ano, com 21 candidatos, os objectivos estão traçados: “Conseguir um resultado muito bom é ganhar, bom é subir muito, relativamente aquilo que tivemos em 2014, e se subirmos pouco é um mau resultado”.

O líder do PSD mostrou ainda a vontade de combater a abstenção e promover a reforma da União Económica e Monetária.

Áudio:

Rui Rio, Paulo Rangel e José Manuel Fernandes anunciam prioridades do PSD para a Europa do futuro

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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