Receitas com parcómetros “são consideráveis”,diz Ricardo Rio

O presidente do município de Braga critica aqueles que apontam para a falta de fiscalização da Polícia Municipal desde que a mesma regressou para o domínio da autarquia. Em entrevista à RUM, ontem à noite, a propósito do primeiro ano desde a reeleição, Ricardo Rio afirmou que as receitas com a fiscalização têm sido até “consideráveis”. Por isso, a crítica de falta de fiscalização depois da saída da ESSE “é um pouco injusta”, considerando que “os mesmos que criticavam a fiscalização excessiva da ESSE são os mesmos que hoje criticam alguma menor intervenção da Polícia Municipal”.
Sem anunciar valores, o presidente do município afirma que a maior prova da fiscalização está “nas receitas que a CMB está a angariar com os parcómetros ao longo dos primeiros meses em que estão sob gestão municipal”. “São receitas consideráveis, portanto não há propriamente um desincentivo para a liquidação das taxas ou para o incumprimento por parte dos utilizadores”, afirma.
Sobre as avenças, o autarca recorda os automobilistas que as mesmas não significam um lugar de estacionamento, admitindo que o município está a estudar o modelo global de estacionamento, com possibilidade de alterações no sistema de avenças.
Redução do preço do estacionamento por hora está em estudo
Confrontado sobre a possibilidade de redução do preço da cobrança de estacionamento em Braga, há muito reclamado, Ricardo Rio admite um preço mais baixo, nalgumas zonas da cidade. “Não temos ainda um valor fechado, sabemos que queremos reduzir, nomeadamente para algumas zonas da idade. Estamos a estudar como é podemos diferenciar os tarifários em função da sua zona e do período de permanência”, explicou.
Terceiro turno da Polícia Municipal não será para fiscalização de trânsito
O terceiro turno da Polícia Municipal continua em fase de concurso. Ainda assim, Ricardo Rio avisa que o reforço da equipa “vai acontecer, mas para permitir a cobertura nocturna, em termos de fiscalização dos horários dos estabelecimentos comerciais, das esplanadas e de tudo o que tem a ver com a lei do ruído”.
Já sobre a possibilidade da Polícia Municipal ser transferida para o domínio de uma empresa da autarquia, Ricardo Rio não afasta essa hipótese. “Há quem defenda que deve ser a Bragahabit, há quem defenda os Transportes Urbanos. Em tese, eu diria que seria a TUB, mas isso obriga a avaliar as situações concretas que, do ponto de vista legal, têm que ser concretizadas. Terão que ser criadas as condições, se isso vier a acontecer, para que qualquer empresa que viesse a assumir essa responsabilidade, tivesse uma equipa de fiscalização idêntica à que a própria ESSE teve”, esclareceu.
A entrevista ao programa Campus Verbal pode agora ser ouvida em podcast em www.rum.pt
Áudio:
Ricardo Rio a propósito da fiscalização do estacionamento, o preço e o terceiro turno da Polícia Municipal
