Região Norte vai ter Conselho Regional de Inovação

O Conselho Regional do Norte vai criar um Conselho Regional de Inovação. O objetivo é melhorar as propostas da região norte no âmbito dos apoios comunitários Portugal 2020. O órgão responsável por acompanhar as atividades da CCDR-N reuniu esta sexta-feira no Centro de Estudos Camilianos, em S. Miguel de Seide. Vai ser criado, ainda este mês, um grupo de trabalho para concretizar os objectivos do Conselho de Inovação.
Recorde-se que o Conselho Regional do Norte integra os 86 presidentes de Câmara Municipal da Região do Norte e cerca de duas dezenas de organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas do tecido institucional da região.
Após a reunião, o presidente do Conselho Regional do Norte, Paulo Cunha, explicou que o objectivo deste novo órgão, que é uma imposição comunitária, é “avaliar, monotorizar e acompanhar a execução de um conjunto de intervenções”. No âmbito da acção do Conselho estão cerca de 50% dos fundos afectos ao Apoio Regional do Norte, ou seja, 1,6 mil milhões de euros, “essencialmente ligados a áreas de expansão no Norte para um futuro próximo”, referiu Paulo Cunha.
O também autarca de famalicão explicou que, apesar de ainda ser cedo para definir, as áreas prioritárias estarão relacionadas com a regeneração urbana, área social e cultura. De sublinhar que a reprogramação “não significa acrescento de verbas, mas sim encontrar as rubricas de onde se podem retirar essas verbas”, referiu.
Fernando Freire de Sousa, presidente da CCDR-N, explicou que o Conselho de Inovação servirá para reorganizar os fundos por em diferentes áreas. “Servirá para nos focarmos melhor, percebermos melhor o que queremos, onde queremos fazer as nossas apostas e onde as nossas apostas falharam. É preciso fazê-las evoluir num sentido mais favorável. Esse é o trabalho que este conselho se propõe fazer no ambito de uma reprogramação de fundos comunitários, que está a ser trabalhada pelo Governo e queremos, enquanto região, ser parte desse processo”, explicou.
Fernando Freire de Sousa destacou ainda a importância de ter em atenção a perda de habitantes na região Norte, que tem 3,6 milhões de habitantes, tendo perdido 180 mil pessoas em cerca de 6 anos, de acordo com o responsável.
